Hoje é dia Internacional da Síndrome de Down
As tintas que saem das mãos e dos pincéis do artista plástico brasiliense Lúcio Piantino, de 28 anos com Síndrome Down, trazem uma linguagem abstrata e de sentido humano e inclusivo concreto. O rapaz, multiartista, também atua, dança e faz do palco uma própria casa. Ali, ele encarna palhaço, drag queen e sempre amando tudo o que faz. No momento, outra felicidade é que está no caminho de concluir o ensino médio, que chegou a desistir no passado porque viu em escolas lugares hostis para pessoas com Síndrome de Down como ele.
A mãe, a produtora cultural e professora Lurdinha Danezy, de 65 anos, relembra o momento de dificuldades como um “marco”. Ela recorda que, aos 12 anos de idade, o menino pediu uma reunião familiar para se queixar da escola.
Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde, a Síndrome de Down é genética e determinada pelo fato de a pessoa nascer com um cromossomo a mais (47 e não 46).
Entre os traços característicos, estão olhos semelhantes aos orientais, nariz menor e rosto arredondado. Além de orelhas e mãos pequenas e pescoço curto e grosso.
Lurdinha lembra que o filho teve um desenvolvimento motor muito próximo das crianças da idade dele.
Peculiaridades
A trajetória do garoto artista foi descrita pela mãe em dois livros. Uma parceira de pesquisa foi a psicóloga Elizabeth Tunes, com quem escreveu Cadê a Síndrome de Down que estava aqui? Aliás, no ano passado, lançou o livro Meu Filho é um Artista. Lutas, Vivências e Conquistas na Síndrome de Down. Já são quatro edições.
A psicóloga, contudo, enfatiza que toda pessoa tem sua peculiaridade. Entidades sem fins lucrativos e especializadas como as Apaes entendem que a cultura e o esporte são fundamentais para inclusão de pessoas com Síndrome de Down.
De acordo com Ivone Maggioni, a arte e o esporte são estratégias que desenvolvem habilidades específicas e sociais. Dessa maneira, inclui relacionamento entre as pessoas, de vínculos entre os envolvidos e autoestima.
Fonte: Agência Brasil