A médica oncologista da Oncomed-MT, Letícia França, esclarece que apesar de o mecanismo exato entre a atividade física e a redução do risco de câncer ainda estar sob investigação, as evidências preliminares apontam para uma conexão direta com o reforço do sistema imune. “Nesses estudos identificamos diferentes tipos de células imunológicas. Como os linfócitos e a natural killer – células de defesa do organismo – estimuladas pelo exercício físico a infiltrar o tumor e combater as células cancerígenas.”

Durante a pesquisa, o American College examinou dados de 45 revisões sistemáticas, análises agrupadas e relatórios originais. O estudo destacou uma redução do risco de câncer que variou de 10 a 20% para aqueles que praticaram atividades em níveis mais altos em relação àqueles que não praticaram ou em níveis mais baixos.

Com efeitos positivos na prevenção, a mesma análise também identificou que ter o hábito regular de exercício físico também pode auxiliar em melhores resultados do tratamento para pacientes que enfrentam o câncer. “Essas descobertas reforçam a importância da atividade física não apenas pelos efeitos positivos já amplamente conhecidos. Sobretudo, a melhoria da saúde cardiovascular e controle de peso. Assim como por seu papel essencial na prevenção de doenças como o câncer”.

Recomendação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda de 150 a 300 minutos de atividade física moderada a rigorosa por semana. A orientação é direcionada a todos os adultos, mesmo aqueles com condições crônicas ou deficiências. Para as crianças e adolescentes uma média de 60 minutos diários.

Além da prevenção do câncer, a atividade física é essencial na prevenção e manejo de doenças cardíacas e diabetes tipo 2. Também contribui significativamente para a redução dos sintomas de depressão e ansiedade.