A transmissão da Audiência pública do debate está disponível no canal da TV Assembleia
O desafio que envolve erradicação da violência de gênero, tema da audiência pública “Brasil Sem Misoginia”, ocorreu na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e contou com a presença da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
O Brasil continua sendo um dos países que mais pratica violência contra as mulheres. Embora tenha sucessivas legislações que visam corrigir a conhecida disparidade de direitos, oportunidades e proteção àquelas que são a maior parte de sua população.
O debate é uma iniciativa do deputado Valdir Barranco e trouxe temas como a importância de unir esforços entre os poderes para fortalecer a rede de apoio às vítimas. Além de abordar a conscientização para combater a violência contra a mulher.
Se até 2006 a briga entre marido e mulher foi considerada de âmbito privado, com o advento da Lei Maria da Penha essa discussão ganhou contornos de domínio público. E a partir dali, conceitos como violência física, sexual, psicológica, moral e financeira, começaram a fazer parte das discussões que tratam da proteção aos direitos das mulheres.
A misoginia, segundo a ministra Cida, é um dos principais fatores que desencadeia a cultura de violências contra as mulheres.
A ministra, no entanto, falou ainda das políticas desenvolvidas no âmbito do governo federal. E cobrou participação dos estados e municípios para ampliar as ações de proteção à mulher e de combate a violência de gênero.
Representante do Estado, secretaria de Assistência Social, Grasielle Bugalho, afirmou que a violência contra as mulheres pode equiparar-se a uma pandemia.
Conforme a secretária destacou, o governo encara com preocupação os números alarmantes de MT, que passou a liderar as estatísticas de feminicídio no país. De acordo com a secretaria, o estado tem empenhado esforços e o grande desafio é a implementação orçamentaria.
O presidente do Parlamento estadual, Eduardo Botelho, destacou que o problema da violência precisa combatido com união de esforços. Botelho destacou ainda a criação da Procuradoria da Mulher na Assembleia Legislativa. A deputada Janaina Riva está à frente dos trabalhos, que conta com o deputado Valdir Barranco e Carlos Avallone como adjuntos.