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O Banco Central tenta conter aumentos mais fortes da Taxa Selic no futuro próximo

Comitê do Banco Central eleva Selic a 12,75% e anuncia novo aumento para junho

Banco Central já adiantou que o aumento da Selic em junho deve ser menor

Apesar da demora na divulgação, feita às 19h12, 42 minutos além do previsto (18h30), o Comitê de Política Monetária do Banco Central reconheceu que “a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual”, mas após acaloradas discussões, decidiu, por unanimidade, elevar em um ponto percentual, para 12,75% ao ano, a taxa Selic e anunciou aumento de “menor intensidade” na reunião de 16 de junho.

Mas o Copom deu um recado surpreendente. Considerando no seu cenário para 2022 e 2023; quando a tarifa de energia elétrica terá bandeira amarela em dezembro deste ano e do ano que vem.

O governo antecipou para 16 de abril a redução da bandeira hídrica extra (vigente desde o fim de 2020) para a bandeira verde; prometendo assim manter a tarifa baixa até dezembro. O Banco Central projeta o cenário com pressão mais alta na tarifa, depois da eleição em outubro, e inflação de 7,3% este ano e 3,8% em 2023.

O cenário que serviu à decisão do Copom foi então o seguinte:

O ambiente externo seguiu se deteriorando. As pressões inflacionárias decorrentes da pandemia se intensificaram com problemas de oferta advindos da nova onda de Covid-19 na China e da guerra na Ucrânia. A reprecificação da política monetária nos países avançados eleva sobretudo a incerteza e gera volatilidade adicional, particularmente nos países emergentes;

Em relação à atividade econômica brasileira, o conjunto dos indicadores divulgado desde a última reunião do Copom indica um crescimento em linha com o que era esperado pelo Comitê.

Inflação é problema

A inflação ao consumidor seguiu surpreendendo negativamente. Essa surpresa ocorreu tanto nos componentes mais voláteis como nos itens associados à inflação subjacente. As diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação.

As expectativas de inflação para 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se, no entanto, em torno de 7,9% e 4,1%, respectivamente.