Missão de arqueologia da Alemanha foi quem encontrou o barco de 4.000 anos
Descobriu-se que um barco encontrado pela primeira vez em 2018, nos arredores de Uruk-Warka, atual Iraque, na verdade tem 4.000 anos de idade. Quando ele foi descoberto, há quatro anos, registros fotogramétricos foram feitos. Mas devido a ameaças do tráfego rodoviário próximo ao local, uma escavação de resgate teve de ser feita para garantir a preservação do que restava da embarcação. Estudos mais profundos, então, ficaram para depois.
Os responsáveis pelo achado foram os arqueólogos da Missão Alemã Iraquiana do Conselho Estadual de Antiguidades e do Departamento do Oriente do Instituto Arqueológico Alemão. Conforme as leis de antiguidades iraquianas, levaram o objeto até o Museu do Iraque, que fica em Bagdá. Dessa forma, os estudos científicos e esforços de conservação começarão a tomar curso.
Origens do barco
A cidade de Uruk, que também é conhecida como Warka, é onde o artefato arqueológico foi encontrado, que fez parte da Suméria e depois da Babilônia. Isto é, no antigo canal seco do rio Eufrates, onde esses impérios se estabeleceram.
No começo da urbanização sumeriana, em meados do século IV a.C., a cidade teve um papel de liderança; sendo um centro populacional importante até seu abandono; Isso pode ter ocorrido pouco antes ou pouco depois da conquista islâmica dos anos de 633 a 638 d.C.
O barco foi construído com junco, folhas de palmeira e madeira, e revestido de betume; ou seja, uma substância impermeabilizante e adesiva que deriva da destilação de um petróleo bruto.
Após o reconhecimento de toda a sua estrutura, ficou assim registrado que o barco mede ao todo 7 metros de comprimento e 1,4 de largura. Segundo as análises feitas pelos arqueólogos, ele afundou nas margens de um rio e então ficou soterrado em camadas sedimentares pelos últimos 4.000 anos.