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A pequena Júlia, de 1 ano e 8 meses, com ciúme, divertiu a web em um vídeo do Instagram que viralizou nas redes sociais

Cena de bebê com ciúme do pai viraliza nas redes sociais

Saiba como lidar com este comportamento das crianças

A pequena Júlia, de 1 ano e 8 meses, com ciúme, divertiu a web em um vídeo que viralizou nas redes sociais. Na gravação, ela estava no sofá entre os pais, Carol Barros e Bruno Miranda de Abreu. E, dessa forma, os três estavam descansando enquanto assistiam à programação da Copa do Mundo na televisão no seu apartamento, em Brasília. Em um certo momento, Carol coloca a mão sobre a perna do marido, que faz carinho. Sem hesitar, Júlia, que é a única filha do casal, puxa a mão do pai para si e tira a mão da mãe da perna dele, que ri da cena.

O vídeo bombou no Instagram e já conta com mais de 4,7 milhões de visualizações e 170 mil curtidas. “Eu achei muito engraçado na hora. Com o pai, ela é um grude, os dois têm a melhor relação possível, brincam o tempo todo”, diz Carol Barros.

Júlia costuma ser mais apegada à mãe, com quem passa mais tempo. E a cenas de ciúme já se repetiu antes com ela também. Mas com o pai o sentimento costuma ser mais forte.

“Essa situação tem acontecido com frequência! Algumas vezes ela tem ciúmes de mim, principalmente quando pego outro bebê no colo ou quando estou com uma amiga. Já em relação ao pai, ela tem mais ciúmes dele comigo”, conta. Mas as reações de Júlia não são extremas ou agressivas. “Ela não chega a brigar, ela só tira a mão ou fica querendo chamar a atenção”, explica a mãe.

É comum que as crianças sintam ciúmes dos pais?

“O ciúme é um sentimento comum a todos nós. Ele está ligado ao medo da perda de algo ou alguém importante. E é uma emoção natural na criança também”, explica Talitha Nobre, psicóloga e psicanalista do Hospital Prontobaby, do Rio de Janeiro. Segundo a especialista, esse comportamento pode se tornar mais intenso e perceptível por volta dos 2 anos e durar por bastante tempo.

Por isso, é muito comum que os pequenos sintam ciúmes em relação aos pais, com quem eles normalmente têm maior proximidade. “A criança quer estar no centro. Ela quer ser desejada pelos pais e deseja que as atenções estejam voltadas para ela. Quando isso não acontece, ela pode ser tomada por uma emoção de ciúme e medo de perder a segurança que a presença dos pais traz na infância”, completa a psicóloga.

Como lidar com o comportamento?

“A questão não está na ausência do ciúme, mas na intensidade. A sensação de que a criança não ocupa o centro das atenções pode trazer um sentimento de frustração”, diz Talitha Nobre. Nessas situações, é importante conversar com os filhos para que eles possam lidar com as emoções da melhor forma possível. “O papel dos pais é ajudar a criança a compreender o que está sentindo e, principalmente, como ela pode enfrentar a frustração. É preciso perguntar e ouvir atentamente e reforçar que ela não precisa ter medo, porque é amada. A segurança oferecida à criança será sempre o principal caminho”, destaca.