Biden deve pedir ao Congresso aprovação de envio de US$ 14 bilhões para Israel e de US$ 60 bilhões para a Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um pronunciamento nesta quinta-feira (19), anunciando a necessidade de enviar ajuda financeira nas guerras de Israel e para a Ucrânia. Durante a fala, Biden fez uma comparação entre o Hamas e o presidente russo, Vladimir Putin.
Para Biden, o sucesso de Ucrânia e de Israel em seus respectivos conflitos é vital para a segurança nacional dos Estados Unidos.
Desde 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, os Estados Unidos têm enviado ajuda financeira e militar para Kiev, que tenta recuperar o controle sob territórios ocupados pelo exército do russo.
Já em relação a Israel, Biden visitou o país na quarta-feira (18) e se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Os Estados Unidos estão fornecendo suporte militar aos israelenses, que travam uma guerra contra o grupo terrorista Hamas.
Pronunciamento de Biden
Durante o pronunciamento, que durou cerca de 15 minutos, Biden afirmou que o mundo vive um ponto de inflexão histórico e, ao citar Israel, disse que os Estados Unidos também estão comprometidos com o povo palestino.
Além disso, o democrata afirmou que é necessário insistir na garantia da existência de dois Estados para que palestinos e israelenses vivam em paz. Em seguida, Biden fez uma ligação entre o conflito no Oriente Médio e a guerra na Ucrânia.
O presidente norte-americano comunicou que, diante disso, enviará na sexta-feira (20) um pacote inédito e urgente para o Congresso Nacional. Assim, requisitará a aprovação de gastos e envio de ajuda para países aliados.
A agência Reuters, no entanto, informou que Biden deseja enviar ao Congresso uma proposta para autorizar o envio de US$ 60 bilhões (R$ 303 bilhões) para a Ucrânia. E de US$ 14 bilhões (R$ 70 bilhões) para Israel.
O democrata também quer que o Congresso aprove investimentos no valor de US$ 10 bilhões para ajuda humanitária. US$ 14 bilhões para segurança de fronteira e US$ 7 bilhões para países do Indo-Pacífico.
Disputa no Congresso
Biden tem outro problema: a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos está sem presidente há 17 dias. Na sexta-feira, os deputados norte-americanos se reunirão novamente para escolher o novo presidente da Casa, que é de maioria republicana.
Jim Jordan, aliado do ex-presidente Donald Trump é um dos favoritos na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. No entanto, ele já fracassou em duas votações, não conseguindo a quantidade de votos necessária.