Biodiesel 100%: Alternativa pode emitir 80% menos gás carbônico, o biocombustível apresentou índices promissores
A JBS anunciou resultados promissores da primeira fase de testes em seu projeto de utilização de biodiesel 100% (B100) em sua frota de caminhões. Após seis meses de operação, um caminhão DAF 530 percorreu a rota logística entre Lins (SP) e o porto de Santos, abastecido exclusivamente com o biodiesel produzido pela JBS Biodiesel.
Mas os resultados mostram que o veículo abastecido com B100, apresentou rendimento equivalente ao diesel convencional. Com uma redução de até 80% nas emissões de gás carbônico.
Avanço dos biocombustíveis na matriz energética brasileira
No entanto, Alexandre Pereira, diretor comercial da JBS Biodiesel, destaca que o uso do B100 é promissor. Apresentou desempenho equivalente ao diesel, mas com impacto ambiental significativamente inferior. O biocombustível emite consideravelmente menos CO2 que o diesel fóssil, sendo uma alternativa mais limpa, biodegradável e eficiente em termos ambientais.
Os testes, portanto, indicaram que o biodiesel é um substituto imediato para o combustível fóssil. Sendo compatível com a tecnologia existente nos motores da indústria automobilística. Com cerca de 35 mil litros de B100 consumidos durante os testes, o caminhão percorreu mais de 59 mil km, transportando mais de 3,2 mil toneladas de produtos da JBS.
Armando Volpe, diretor da JBS Transportadora, expressa otimismo em relação ao uso do B100 em larga escala, destacando o impacto positivo na performance e preservação do motor. Essa iniciativa da JBS está alinhada com o movimento de expansão dos biocombustíveis no Brasil. Conforme indicado pelo aumento da mistura de biodiesel no diesel anunciado pelo governo federal.
A JBS , com unidades em Lins, Mafra e Campo Verde, é uma das principais produtoras de biodiesel no Brasil, liderando na produção a partir de resíduos das cadeias de produção de bovinos, suínos e aves. A capacidade instalada da empresa é de cerca de 785 milhões de litros por ano, contribuindo para o avanço dos biocombustíveis na matriz energética brasileira.