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Flautista, saxofonista, compositor, arranjador e maestro são múltiplas as facetas de Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha,

Biografia de André Diniz lança novo olhar sobre Pixinguinha

Biografia escrita por André Diniz revisita a vida e a obra de Pixinguinha, com uma discografia comentada

Flautista, saxofonista, compositor, arranjador e maestro são múltiplas as facetas de Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha, gênio da música popular brasileira. Mas uma das mais importantes expressões da cultura do país, que, na segunda metade dos anos 1930, ele contribuiu decisivamente para consolidar. Tudo isso e muito mais está registrado em livro escrito por André Diniz, que acaba de chegar às lojas.

Intitulada Pixinguinha, um perfil biográfico, a obra, integrante da coleção Culturas Cariocas, contou com o professor Luiz Antônio Simas na organização, e tem como proposta trazer à luz temas e personalidades marcantes do Rio de Janeiro, reafirmando sua relevância no cenário brasileiro.

“Pixinguinha é o maior nome da música brasileira na primeira metade do século 20”, comenta André. “Além de consolidar o choro como gênero, embora católico, soube incorporar em seus arranjos os batuques e as macumbas das ruas”, destaca Diniz, doutor em Geografia Cultural pela Universidade Federal Fluminense, professor de pós-graduação da Uni-Carioca.

Pixinguinha

Com  fotos do autor do clássico Carinhoso e de seus companheiros instrumentistas, Pixinguinha: um perfil biográfico traz ainda uma discografia comentada pelo maestro e cavaquinista Henrique Cazes. A partir de discos disponíveis nas plataformas digitais, a capa do livro tem a assinatura do artista gráfico Mello Menezes. “Passei muitos anos relutando em aceitar a realidade da música gravada ser ouvida por meio das plataformas digitais, com toda a carga de retrocesso de qualidade em relação ao som do CD. Resolvi em 2020 entrar nesse mundo e assinar serviços de plataformas. Foi a partir dessa experiência que escrevi a quinta edição do meu livro Choro do quintal ao Municipal, uma discografia comentada do choro”, conta Cazes.

O músico carioca acrescenta: “Daí decorreu o convite do amigo pesquisador André Diniz para fazer o mesmo focando em Pixinguinha, para o seu livro. Além de re-escutar álbuns que não ouvia há tempos, o mergulho na discografia do Mestre do Choro ajuda a lançar uma luz sobre trabalhos pouco comentados mas de ótima qualidade. Assim como a Série Pixinguinha. Dividi a discografia em Originais, ou seja, álbuns que o próprio Pixinguinha gravou; Tributos & Recriações e Encontros com Pixinguinha, tópico que traz surpresas de álbuns divididos com outros gênios como Bach e Duke Ellington”.

Segundo ele, a discografia apresentada é datada de janeiro de 2021. “Espero que daqui a algum tempo, tenhamos que fazer uma atualização, por exemplo, incluindo os quatro álbuns de inéditas que estou produzindo. Juntamente com o Marcelo Vianna (filho de Pixinguinha), e que começam a ser lançados em fevereiro de 2023. Sendo assim, nos 50 anos da morte do Pixinguinha (17 de fevereiro de 2023), vamos lançar 50 músicas inéditas e espetaculares”, anuncia.