Bomba suja supostamente em poderio da Ucrânia não é considerada arma de destruição em massa, mas seus efeitos podem ser pesados
A Rússia declarou no último domingo (6) que a Ucrânia estaria a um passo de concluir uma arma de defesa chamada “bomba suja”. Uma fonte não identificada pelo governo de Vladimir Putin disse que os inimigos podem usar o armamento nuclear para revidar os ataques contra território ucraniano, mesmo sem nenhuma evidência. Mas o que é uma bomba suja e qual seu poder?
A “bomba suja”, ou dirty bomb, é um armamento de dispersão que usa material radioativo combinado com explosivos convencionais — como dinamite — para causar um estrago maior. O objetivo da arma é contaminar a área em torno do estouro com substâncias como plutônio, técnica que cria uma onda de choque muito mais letal para as pessoas próximas.
Há um elevado nível de destruição, embora varie conforme a carga explosiva usada. Em geral, as dirty bombs têm efeitos muito mais psicológicos do que destrutivos, porque se assemelham a armamentos atômicos, mesmo que com um poder menor.
Ainda assim, a recomendação em caso de ataques com esse tipo de armamento é se abrigar em locais fechados para evitar contato com a poeira radioativa. A depender do nível de contato com os materiais, o corpo humano pode apresentar sintomas como náuseas, vômitos, diarreia, inchaço e vermelhidão da pele.
Bomba suja x bomba nuclear
Embora o princípio tenha semelhança, a bomba suja não é uma explosão nuclear tradicional; portanto não chega ao patamar à famosa bomba de fissão (ou “bomba nuclear”, como se chama popularmente). As bombas de fissão usam elevadas quantias de energia nuclear liberadas no momento em que toca o alvo; o que gera um estrago ainda maior do que mísseis comuns.
Os efeitos da bomba suja estão mais ligados à explosão em si do que aos agentes contaminantes. Em uma região afetada, os índices de radiação poderiam até afetar em alguma medida a saúde das pessoas; mas não de maneira fatal como ocorreria nas bombas nucleares.