Haddad: proposta da COP28 é ambientalmente sustentável e socialmente inclusiva
O governo brasileiro apresentou o Plano de Transformação Ecológica do Brasil como uma proposta do Sul Global, durante evento na Conferência das Nações Unidas da COP28. O Sul Global é o termo usado para se referir aos países em desenvolvimento ou emergentes que em sua maioria estão localizados no Hemisfério Sul do planeta.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o plano, além de ser uma plataforma para investimentos sustentáveis no Brasil. E é uma proposta do Sul Global por uma nova globalização.
Ao iniciar o discurso, Haddad disse que o plano deve superar a “pesada herança colonial de exclusão social, destruição ambiental e subordinação internacional” do Brasil e lembrou do desmatamento do período colonial, ocorrido junto com a exploração dos indígenas e africanos escravizados no país.
Eixos
O plano está estruturado em seis eixos: financiamento sustentável, desenvolvimento tecnológico, bioeconomia, transição energética, economia circular e infraestrutura e adaptação às mudanças do clima. Entre as medidas, estão o mercado regulado de carbono, a criação de núcleos de inovação tecnológica nas universidades. Além da ampliação de áreas de concessões florestais, a eletrificação de frotas de ônibus. Bem como o estímulo à reciclagem e obras públicas para reduzir riscos de desastres naturais.
Haddad citou estudos que indicam que o Brasil precisa para transformação ecológica, de US$ 130 a US$ 160 bilhões de investimentos anuais nos próximos 10 anos, principalmente em infraestrutura.
Presente da cerimônia, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que é preciso juntar economia com ecologia para enfrentar as mudanças climáticas.
BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deve ser um dos principais instrumentos de financiamento do Plano de Transformação Ecológica. Assim disse o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, presente à divulgação do plano, em Dubai.
De acordo com Mercadante, o banco financiou 90% das hidrelétricas do país e 75% da energia eólica brasileira. “O BNDES é um banco de 71 anos, mas, segundo a Bloomberg, é o banco que mais financiou energia renovável, limpa e sustentável da história de todos os bancos do planeta”, concluiu.
Assim também, participaram do anúncio do Plano de Transformação Ecológica do Brasil na COP28 a ex-presidente Dilma Roussef, que preside o banco do Brics. O brasileiro Ilan Goldfajn, preside o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Fonte: Agência Brasil