Evento com brasileiros no Vale do Silício é bem visto por investidores estrangeiros
O Brasil virou um dos lugares preferidos para os investidores estrangeiros especializados no mercado de tecnologia; graças ao sucesso de diversas startups que despontaram nos últimos anos. Além disso, o fechamento da economia chinesa; a exclusão da Rússia dos negócios internacionais e a complexidade da Índia colocam o país como opção natural entre os emergentes mundiais.
“Nesse cenário, o Brasil acaba sobrando. E esse amadurecimento do ecossistema dá certa confiança”; conta então a empreendedora carioca Iona Szkurnik, membro do conselho do evento anual Brazil at Silicon Valley; que reúne empresários do País e grandes da tecnologia no Vale do Silício, região na Califórnia conhecida por abrigar as principais companhias do setor no mundo. “O Brasil é muito bem-visto.”
Como bons exemplos de investidores internacionais em atuação no país, Iona cita o americano Kevin Efrusy, da Accel (que já desembolsou cheques milionários em QuintoAndar, Olist e Nuvemshop) e o taiwanês Hans Tung, da GGV (responsável por investir em Loggi, Daki e IDWall, por exemplo).
Ambos são dois nomes já confirmados para a edição deste ano, que está planejada para ocorrer em 16 e 17 maio em Mountain View, cidade que abriga o Google e o Museu da História da Computação.
Desde 2019, o evento não ocorre de forma presencial, um reflexo da pandemia. De lá para cá, o mercado de inovação no Brasil amadureceu: saímos de dez unicórnios (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão) para os 23 atuais.
Além disso, investimentos (nacionais e estrangeiros) em nossas startups saltaram de US$ 2,7 bilhões, em 2019, para o recorde de US$ 9,4 bilhões. Por fim, empresas como Nubank, Ebanx, Gympass, QuintoAndar e Loft tornaram-se pesos pesados do continente latinoamericano.
A expectativa da Brazil at Silicon Valley é acompanhar essas mudanças e assim trazer novos nomes que despontaram na inovação brasileira.