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A brasileira Gohobby, fundada pelo ex-piloto de automobilismo Adriano Buzaid já operava como distribuidora de drones

Brasileira Gohobby planeja pré-venda de carro voador no próximo trimestre

Startup Brasileira Gohobby fechou contrato de importação da fabricante chinesa EHang

A Gohobby, fundada pelo ex-piloto de automobilismo Adriano Buzaid, já opera como distribuidora de drones. Assim, fechou um contrato de importação com a fabricante chinesa EHang e aguarda o aval da Anac para iniciar os testes tripulados no primeiro trimestre do ano que vem.

Já em posse dos veículos em solo nacional, a startup vem realizando testes sem passageiros a bordo e planeja um evento de lançamento, também no primeiro trimestre. Mas para atrair potenciais clientes, já começou a pré-venda das primeiras 100 unidades. Os preços que devem variar entre US$ 600 mil e US$ 700 mil. Os prazos de entrega do primeiro lote são estendidos, chegando a um ano de espera para os últimos consumidores da lista.

A companhia que tem crescido com recursos próprios e deve terminar o ano com R$ 100 milhões de faturamento nos mercados onde já opera, está investindo R$ 4 milhões no projeto de carros voadores. “Conversamos com diversos fornecedores nesse processo, existem cerca de 10 bons fabricantes de eVTOL hoje no mundo. Nós pesquisamos muito para entender qual era o mais avançado e fechar a melhor parceria possível”, diz Buzaid.

A chinesa EHang é líder global e comercializa modelos desde 2016 — a Eve, para efeitos de comparação, planeja os primeiros testes para o ano que vem e as primeiras levas de produção da fábrica somente para 2026. Enquanto que a fabricante alemã Lilium, tornou-se a primeira, neste ano, a vender carros voadores nos EUA. Na China, a EHang certificada pela CAAC, agência reguladora que detém acordo bilateral com a Anac. A Gohobby conversa com autoridades para validar aqui a liberação.

Carro voador

Um dos modelos mais avançados da fabricante, o EH216-S transporta até dois passageiros com bagagem de mão em um alcance de cerca de 30 km, a uma velocidade de 130 km/h. Assim como outros eVTOLs, não necessita de um piloto no interior do veículo:

O estudo e controle de rota é feito remotamente, mas por um humano, o que faz com que considerado um meio de transporte automatizado. Mas não autônomo.

O público-alvo do produto são as próprias companhias aéreas, de táxi aéreo, o setor de agronegócio e órgãos públicos, como polícias e bombeiros. Além de operar como revendedora do veículo, a Gohobby vai fornecer toda a parte de software e suporte.

O fundador da startup ressalta que, uma das vantagens frente ao deslocamento terrestre ou mesmo em relação ao helicóptero, é o custo de manutenção e a emissão de carbono. O eVTOL chega a ser 10 vezes mais econômico que outros veículos aéreos, segundo a fabricante chinesa. Uma recarga elétrica do veículo custa cerca de R$ 16 — o que não exclui custos de reparos e revisão, nem de ancoragem.

O executivo fundou a empresa em meados de 2010 para levar adiante um hobby que então cultivava desde jovem: pilotagem de drones. Por cerca de cinco anos, Buzaid foi piloto de automobilismo profissional na Inglaterra e chegou a correr na GP2. O treino com pequenos dispositivos aéreos contribuía no controle e precisão que eram fundamentais na pista. De volta ao Brasil, criou o negócio com capital próprio e, no momento, não tem investidores externos.