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Uma das justificativas para aprovação da PEC dos gastos na educação é que a pandemia obrigou a suspensão de aulas

Câmara aprova PEC que flexibiliza gastos na educação em 2020/21

A proposta da PEC 13/2021 sobre gastos na educação aprovada pela Câmara, já havia passado pelo Senado e agora segue para promulgação

A Câmara dos Deputados aprovou (11) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 13/2021 que, assim impede a punição a gestores municipais que não aplicaram os percentuais mínimos de gastos com educação em 2020 e 2021 devido à pandemia de covid-19. A proposta já havia passado pelo Senado e agora segue para promulgação.

Por isso, a justificativa para aprovação da PEC é que a pandemia obrigou a suspensão de aulas. Ao mesmo tempo, o redirecionamento de verbas para a área da saúde, impediu prefeitos de investirem em educação uma porcentagem mínima prevista em lei. Por conta da suspensão de aulas presenciais, gastos com transporte escolar e merenda não foram necessários.

Partidos de oposição se mostraram contrários à proposta. Para Glauber Braga (PSOL-RJ), um recuo no piso constitucional, mesmo justificado pela pandemia. Assim, pode abrir uma brecha para novos recuos e consequente redução de investimento na educação.

Já Tiago Mitraud (Novo-MG) defendeu a PEC. Ele acredita que os congressistas não podem definir como os gestores que estão na ponta, nos estados e municípios. Portanto, devem direcionar os investimentos porque, segundo ele, esses gestores conhecem melhor a realidade e as necessidades da população.

Apenas 5% do total de municípios do país não cumpriram as determinações

A Constituição determina que a União aplique em educação pelo menos 18% e estados e municípios pelo menos 25% do total de receitas vindas de impostos. Se a PEC não tivesse sido aprovada no Congresso, os gestores que não aplicaram o mínimo previsto poderiam sofrer penalidades cíveis ou criminais, além de sanções administrativas.

De acordo com levantamento da Consultoria do Senado, apenas 280 municípios não cumpriram com a destinação mínima, o que representa 5% do total de municípios do país.

 

Fonte: Agência Brasil