Economista recebe condecoração do LatinFinance Banks of the Year Awards
Roberto Campos Neto, 53, foi eleito o presidente de bancos centrais do ano na América Latina, segundo o LatinFinance Banks of the Year Awards. O prêmio celebra a excelência em serviços financeiros na região. Ele recebeu elogios pela forma como conduziu o sistema financeiro brasileiro para conter os efeitos da pandemia de Covid-19. Bem como, da guerra da Ucrânia e da recessão global.
A premiação também indica a atuação eficaz de Campos Neto na política monetária entre julho de 2021 e junho de 2022. Isso demonstra o crescimento da credibilidade do Banco Central como instituição.
A partir de março de 2021, por exemplo, o BC iniciou uma política de aumento dos juros, cuja taxa anual passou de 2% para 13,75% ao ano. A austeridade foi defendida por Campos Neto, que tem sinalizado a alta da Selic por mais tempo do que o custo apontado pelo mercado.
Responsável pela tesouraria para as Américas no banco Santander
“A instituição foi um dos primeiros bancos centrais do mundo a iniciar seu ciclo de aperto em março de 2021”, lembrou o presidente. Quando fez sua declaração juntamente à LatinFinance.
Além de recuperar a credibilidade no mercado de capitais internacional, Campos Neto também conseguiu implementar uma agenda de modernização do sistema financeiro do país, com o lançamento do Pix e do sistema financeiro aberto (Open Finance) — solução que permite o compartilhamento de dados sobre produtos e informações monetárias.
Uma curiosidade é que o economista é neto do diplomata Roberto Campos (1917-2001). Seu avô foi defensor do liberalismo e ex-ministro do Planejamento de Humberto de Alencar Castelo Branco. Assim como o primeiro presidente do regime militar brasileiro.
Aliás, antes de estar à frente do BC, Roberto Campos Neto era responsável pela tesouraria para as Américas no banco Santander.