Uma nova pesquisa sugere que os usuários de aparelhos da China estão tendo seus dados roubados
Uma nova pesquisa indica que alguns dos modelos de celulares mais vendidos na China estão infestados de spyware. Um vírus que roubam dados pessoais para fins maliciosos. O estudo, ainda não passou pela revisão por pares da comunidade científica, segundo publicação.
Os cientistas afirmam que, além de vírus instalados por iniciativas isoladas, grandes marcas como Xiaomi, Oppo Realme e One Plus estão coletando dados confidenciais de seus próprios usuários.
A Byte procurou as empresas, mas até o momento da publicação desta reportagem, não obteve retorno. “No geral, nossas descobertas mostram um quadro preocupante do estado da privacidade dos dados do usuário no maior mercado Android do mundo. E destacam assim, a necessidade urgente de controles de privacidade mais rígidos, para aumentar a confiança das pessoas comuns nas empresas de tecnologia. Muitas das quais, no entanto, são parcialmente estatais”, escrevem os pesquisadores Haoyu Liu, Douglas Leith e Paul Patras.
Segurança testada
Para testar a segurança dos dados nos celulares da China, os pesquisadores analisaram vários tipos de aparelhos. No experimento, eles se passaram por um “consumidor consciente” que opta por não enviar dados de análise e personalização às fabricantes. E ainda mais não usa armazenamento em nuvem ou qualquer outros serviços opcionais por terceiros.
Mesmo assim, informações pessoais como números de telefone e identificação de publicidade, dados de geolocalização e até dados relacionados a “conexões sociais”, como contatos e metadados de telefone e texto foram coletados. Números de telefone na China estão ligados a um “ID de cidadão” individual usado até em situações legais.
De acordo com a equipe de pesquisa, todas essas informações estão sendo capturadas sem aviso ou aprovação do cliente. E não há maneira de interromper essa coleta de dados nem quando os usuários saem da China. Até porque diferentes países têm diferentes leis relacionadas à privacidade.
Eles também descobriram que as informações seguiam às operadoras móveis chinesas mesmo quando elas não estavam prestando serviço. Mesmo quando no celular ainda não nenhum chip.