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Centrais sindicais realizaram, nesta terça-feira (21), atos de protesto contra a taxa de juros definida pelo Banco Central (BC), que está em 13,75% ao ano.

Centrais sindicais protestam contra taxa básica de juros de 13,75%

Manifestantes da Centrais sindicais pedem saída de Campos Neto do Banco Central

Centrais sindicais realizaram, nesta terça-feira (21), atos de protesto contra a taxa de juros definida pelo Banco Central (BC), que está em 13,75% ao ano.

Em São Paulo, o grupo se reuniu em frente à sede do banco, na Avenida Paulista, e fez um churrasco de sardinha. “A intenção é mostrar que os juros altos engordam os tubarões rentistas, enquanto, para o povo, só sobra sardinha”, explicou, em nota, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), está realizando a segunda reunião do ano para definir a taxa básica de juros da economia, a Selic. A previsão é manter o aperto monetário com a manutenção da Selic em 13,75%, mesmo com as pressões do governo federal para redução da taxa. Entretanto, o anúncio da decisão do Copom deve acontecer nesta quarta-feira (22).

Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que participa da mobilização, os atos também reivindicam a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), que julga processos administrativos de grandes devedores. “Em geral, [o Carf] beneficia as empresas sonegadoras, porque a maioria dos conselheiros é empresário”, diz a CUT.

Queremos sair dessa situação de miserabilidade e pobreza

Para Adriana Magalhães, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a alta taxa de juros atrasa o desenvolvimento social e é uma das principais causas da miséria no Brasil. “Se o governo pagar 13,75% de juros de dívida pública, vai faltar dinheiro para saúde, educação. Nós queremos sair dessa situação de miserabilidade e pobreza”.

O ato de protesto das centrais sindicais também pede a saída do presidente do BC. Roberto Campos Neto, foi indicado pelo governo Bolsonaro e tem mandato até dezembro de 2024.

Também participaram da manifestação representantes da Central dos Sindicatos Brasileiros e da CTB.

A CUT registrou nas redes sociais que, além de São Paulo, foram realizados atos em pelo menos três capitais. Ou seja: Fortaleza, Belém e Recife.