Pasta da Agricultura anuncia abertura do mercado para o algodão e a habilitação de plantas frigoríficas brasileiras para Indonésia e China
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou além da abertura do mercado de algodão, a habilitação de 11 plantas frigoríficas brasileiras para a Indonésia, além da derrubada da suspensão de três plantas para a China.
Fávaro reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, para atualizar as medidas da pasta. “Posso garantir que o humor favorável ao Brasil voltou. Os bons ventos da economia mundial estão olhando diferente para o Brasil. Desde 2019, o Brasil não tinha uma habilitação de plantas para exportação de carne para a China”, disse o ministro a jornalistas após encontro com o presidente.
A possibilidade de abertura é para uma empresa de abate de bovinos e duas de aves. No caso da Indonésia, todas as novas habilitações são para plantas bovinas.
Algodão
A princípio, estima-se que o Brasil tenha potencial para atender de 20% a 25% da demanda egípcia de algodão. Entretanto, foi anunciada hoje, a primeira abertura de mercado do ano, que é de exportação de algodão em pluma para o Egito. As negociações para a abertura do mercado iniciaram-se em 2006 e se intensificaram a partir de 2020, resultando agora na abertura do mercado.
De acordo com o ministro, essa abertura representa o reconhecimento da qualidade do produto brasileiro. “Quem não quer comprar uma camisa ou um lençol com a qualidade do algodão egípcio? Se o Brasil vai exportar para o Egito, significa que tem qualidade, tem credibilidade e tem respeito. Ao receber essa habilitação para exportar para o Egito, recebemos a chancela de qualidade do algodão brasileiro para o mundo todo”, disse.
O Egito importa aproximadamente 120 mil toneladas de algodão em pluma anualmente, tendo como principais fornecedores Grécia, Burkina Faso, Benin e Sudão. O Brasil pode se beneficiar de uma janela de oportunidade entre os meses de julho e setembro, já que as exportações gregas só se iniciam em outubro, informou a pasta.
Estima-se que o Brasil tenha potencial para atender, a princípio, de 20% a 25% da demanda egípcia, calcula o ministério.