Medicamento usado para tratar problemas cardíacos e pressão alta pode servir para amenizar a dor que surge após uma perda afetiva
O sentimento de tristeza que segue o fim de um relacionamento amoroso pode gerar uma série de problemas para as partes envolvidas. Em casos extremos, ocorre o que os especialistas em saúde mental chamam de transtorno de adaptação. A pessoa que está com o “coração partido” apresenta uma tristeza profunda e não consegue desempenhar suas tarefas cotidianas.
Os cientistas da Universidade de Ottawa, no Canadá, estão em busca de uma maneira de aliviar essa tristeza – cuja causa não está restrita ao amor romântico, pode ser originada pela morte de uma pessoa querida também. Após um estudo recente, eles acreditam que o propranolol, medicamento utilizado para problemas cardíacos, pode ajudar a tratar o “coração partido”.
O propranolol é um betabloqueador – um tipo de medicamento que diminui o estresse no coração e nos vasos sanguíneos. Essa classe de fármacos é prescrita para pressão alta, insuficiência cardíaca e ansiedade. O princípio ativo sobretudo inibe a circulação de adrenalina, também conhecido como o hormônio do estresse, fazendo com que o coração desacelere e a pessoa fique menos sensibilizada aos estímulos externos.
coração partido
Em suma os sintomas do transtorno de adaptação de humor deprimido, ansiedade e dificuldades de relacionamento com as outras pessoas.
O estudo dos canadenses publicado na revista científica Journal of Affective Disorders. Contudo analisou se o propranolol, combinado com terapia, ajuda os pacientes a enfrentarem o transtorno de adaptação decorrente de um rompimento.
De acordo com os pesquisadores, 72% dos voluntários que tomaram o remédio por quatro semanas experimentaram uma redução dos sintomas típicos do transtorno de adaptação.
Assim os efeito avaliado pelos próprios pacientes durante momentos nos quais os pesquisadores induziam os voluntários portato descreverem como eles se sentiam em relação à perda afetiva.
Segundo os pesquisadores, a reativação da memória sob propranolol mostrou-se promissora na redução dos sintomas do transtorno de adaptação. Contudo os cientistas sugerem que estudos mais detalhados sejam feitos para confirmar se o medicamento serve para aliviar as dores do coração.