A cantora Anitta gerou polêmica após viralizar um vídeo nas redes sociais na gravação do seu novo clipe na comunidade da Tijuquinha
Os fãs da cantora Anitta elogiaram a sua jogada de marketing para atingir views nas plataformas no novo clipe, já outros criticaram e repudiaram a atitude da cantora.
No trecho, a artista aparece ajoelhada numa esquina da comunidade, simulando uma cena de sexo oral em um ator contratado para o trabalho fictício.
Mas segundo um jurista especialista em Direito Constitucional, Digital e Mestre em Direitos Humanos, Cesar Beck, o clipe de Anitta poderá ser banido no Youtube e das plataformas digitais:
“É importante destacar que as Plataformas Digitais possuem suas próprias regras, ‘Termos e Condições’ e ‘Política de Privacidade’ que são diferentes entre cada plataforma digital. Por exemplo: algo que postado na rede social Twitter, não necessariamente sofre exatamente as mesmas repreensões, por um vídeo postado no Youtube, do Google, ou no Instagram, da empresa Meta”, explica Beck.
“Nos ‘Termos e Condições’ de cada uma das plataformas e redes digitais, há uma explicação de que forma elas podem utilizadas, quais os tipos de conteúdo, e quais os limites que você pode exercer sua liberdade de expressão. Todos esses documentos em que clicamos: “Eu aceito os Termos e Condições e Política de Privacidade” devem seguir em conformidade com a Legislação”.
“Nesse sentido, o videoclipe de Anitta em que em uma determinada cena, um episódio de sexo oral é simulado. Deve-se também observar – no Brasil – o Estatuto da Criança e Adolescente (E.C.A.). Além da Constituição Federal de 1988 e dos próprios Termos e Condições daquela plataforma. Isso significa que caso o clip seja postado em sua total integralidade, Anitta, a gravadora/distribuidora que a representa, e o videoclipe poderão sofrer sanções administrativas e judiciais”.
Youtube
Por intermédio de Inteligência Artificial, a própria plataforma impede que vídeos com teor sexual sejam vistos por menores de idade com contas cadastradas no Youtube. Para publicar o videoclipe, a artista teria que custear muitos recursos financeiros e então requerer acesso à advogados especializados em Direito do Entretenimento.
“Anitta não é uma pessoa amadora para as plataformas e redes sociais. Ela possui, além de enormes recursos financeiros, acesso à advogados especializados em Direito do Entretenimento. E acredita-se que, por mais que ela tenha ‘causado’ uma ou outra polêmica no passado. Ela sabe o que é um “conteúdo inapropriado para menores de idade. Para a alegria dos fãs da Anitta, de sua gravadora/distribuidora e da própria Anitta, existe uma solução. Já a utilizaram nos EUA por mais de quarenta anos, para que o videoclipe e Anitta não sofram nenhuma sanção é bem simples”.
Essa solução é dividir o clipe em duas versões. Assim a primeira do “corte final” para que todos tenham acesso, sem a cena polêmica. E a segunda, é a versão postada nas redes sociais e plataformas como Youtube, incluindo a cena polêmica e todas as outros trechos. Portanto, feito isso, outros usuários que estão logados no Youtube, apenas poderão assistir o vídeo completo caso sejam maiores de idade.