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CNI diz que dois milhões precisarão de qualificação visando formação inicial para a reposição de inativos ou para o preenchimento de novas vagas na indústria

CNI: Indústria deve qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025

Previsão da indústria é de qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025, de acordo com estudo da CNI

O Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025 para atender necessidades projetadas pelas indústrias, de forma a repor inativos, atualizar funcionários ou preencher as novas vagas programadas para o setor. É o que prevê o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Deste total, dois milhões precisarão de qualificação visando formação inicial para a reposição de inativos ou para o preenchimento de novas vagas. Os 7,6 milhões restantes serão via formação continuada para trabalhadores que precisam se atualizar para exercer funções.

Segundo a CNI, “isso significa que 79% da necessidade de formação nos próximos quatro anos serão em aperfeiçoamento”.

CNI aponta necessidade na indústria

De acordo com a entidade, essas projeções têm por base a necessidade de uso de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva que tanto influenciam e transformam o mercado de trabalho. Assim sendo, acrescenta a CNI, cada vez mais o Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e requalificação.

O levantamento feito pelo Observatório Nacional da Indústria, tem por finalidade identificar demandas futuras por mão de obra, bem como orientar a formação profissional de base industrial no país.

As áreas com maior demanda por formação são transversais (que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como técnico em segurança do trabalho, técnico de apoio em pesquisa e desenvolvimento e profissionais da metrologia, por exemplo), metal mecânica, construção, logística e transporte, e alimentos e bebidas.

Queda na produtividade

A produtividade do trabalho na indústria em 2021 recuou 4,6%, em comparação com 2020, considerando as séries livres de efeitos sazonais. A informação é do estudo Produtividade na Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com o estudo, foi a maior queda anual do indicador da série histórica iniciada em 2000; superando assim a perda registrada em 2008 (-2,2%), ano da crise financeira global.

Segundo a CNI, a queda da produtividade é reflexo da segunda onda de covid-19; bem como as dificuldades enfrentadas para a retomada dos investimentos e da produção.

Outro fator que contribuiu para a queda no último ano foi a mudança na composição do mercado de trabalho. “Houve maior crescimento do setor informal frente ao setor formal; o que indica o avanço de ocupações de baixa escolaridade e menor produtividade”, disse a gerente de política industrial da CNI, Samantha Cunha, em nota.

 

 

Fonte: Agência Brasil