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A Comissão do Senado aprovou nesta terça-feira (8), por unanimidade, a indicação de Gabriel Galípolo para presidente do Banco Central- Foto: Lula Marques/AgênciaBrasil

Comissão do Senado aprova Galípolo para presidir o Banco Central

Indicado de Lula é o atual diretor de Política Monetária para presidir o Banco Central

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (8), por unanimidade, a indicação de Gabriel Galípolo para presidente do Banco Central. Foram 26 votos favoráveis e nenhum contrário.

A indicação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, segue agora para o plenário, em regime de urgência, e deve ser apreciada ainda esta tarde.

Se aprovado pelo Senado, então Galípolo assumirá a partir de 1º de janeiro de 2025, seu mandato até o final de 2028.

O indicado de Lula é o atual diretor de Política Monetária do Banco Central.

Combate à inflação

Na sua fala, ele afirmou que há “numerosos desafios” pela frente, mencionou, por exemplo, a “consolidação de uma agenda capaz de criar uma economia mais equânime e transparente”.

Segundo ele, essa agenda envolve o “compromisso permanente do BC” no combate à inflação.

“Para garantir que o atraso não seja fruto do avanço na direção errada, o Brasil tem a oportunidade histórica de se apresentar como destino atrativo para o empreendedorismo e com a inovação voltada para economia sustentável. Assim, se consolida como polo e referência global na erradicação da pobreza e crescimento da produção e produtividade com redução da emissão de poluentes”, disse.

Desafios

À época da indicação de Lula, o nome de Galípolo foi bem-recebido pelo mercado financeiro. Há, porém, um entendimento de que existem desafios à frente da autoridade monetária.

O Banco Central tem autonomia do governo. Apesar de os diretores e o presidente terem as indicações feitas pelo presidente da República, há mandatos, que não coincidem com o do chefe do Executivo.

O BC tem como missão a garantia da estabilidade do sistema financeiro, amenizando a variação dos preços e da taxa de desemprego.

Galíplo terá que trabalhar no combate à inflação sem deixar de lado os efeitos prejudiciais que a taxa básica de juros pode causar à economia.

A taxa Selic está, atualmente, em 10,75% ao ano, valor alto e que é usado como referência por bancos e instituições financeiras para, por exemplo, balizar a oferta de crédito.

Quem é Gabriel Galípolo

Gabriel Galípolo atuou na campanha de Lula à Presidência da República e na equipe de transição de governo. No ano passado, foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda, a função mais importante da pasta depois da do ministro.

Em julho, exerceu momentaneamente a Presidência do BC, nas férias de Roberto Campos Neto. É mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), onde também é professor.

É professor do MBA de PPPs e Concessões da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, em parceria com a London School of Economics and Political Science.

Em 2007, o economista foi chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo. E, no ano seguinte, foi diretor da Unidade de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do estado.