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Segundo a Conab, das 54,94 milhões de sacas estimadas, 37,44 milhões serão de café arábica

CONAB: Safra de café será de 54,94 milhões de sacas

Conab informa que o número da safra de café pode ser 7,9% maior que o total colhido em 2022

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima uma produção de 54,94 milhões de sacas de café. A previsão consta do 1º Levantamento da Safra de Café 2023, divulgado (19), em Brasília.

“Para a presente safra, mesmo sendo ano de bienalidade negativa, a previsão é superior em 7,9%, na comparação com a safra colhida em 2022, quebrando o ciclo de evolução da série desde a safra de 2001, quando a Conab começou a acompanhar a safra da produção cafeeira no país”, disse o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, ao anunciar os números.

Conforme explicou, das 54,94 milhões de sacas estimadas, 37,44 milhões serão de café arábica. Isso corresponde a um volume 14,4% maior do que o obtido em 2022; e 17,51 milhões de sacas café conilon beneficiado, o que representa uma produção 3,8% menor do que o volume obtido em 2022.

“Em relação ao conilon, é importante dizer que, após uma safra recorde, a perspectiva nessa temporada sinaliza certa redução do potencial produtivo em razão das adversidades climáticas registradas no principal estado [produtor], que foi o Espírito Santo”, disse o presidente da Conab.

Área para a produção

Segundo a Conab, com relação à área total destinada à produção de café arábica e conilon, a estimativa é de que sejam utilizados 2,26 milhões de hectares. “Isso representa um aumento de 0,8% em relação à safra passada”, afirmou Ribeiro. Em 2022, a área utilizada para essas lavouras ficou em 1,9 milhão de hectares (produção); e 355,5 mil hectares em formação para posterior produção.

“Nos ciclos de bienalidade negativa, os produtores costumam realizar os tratos culturais mais intensos nas lavouras. Desse modo, promove algum tipo de manejo em suas áreas que só entrarão em produção nos próximos anos”, frisou o presidente da Conab.

Devido ao clima “muito desfavorável” em 2021, muitas lavouras não entraram na produção em 2022. “Agora, em 2023, quase 100 mil hectares de lavouras estão em produção, principalmente em Minas Gerais. Onde essa produção é maior, mesmo sendo ano de bienalidade negativa”, explicou.

Apesar da perspectiva de aumento na área em produção, a expectativa é de que haja queda no rendimento médio na comparação com a safra anterior. Ou seja, isso deverá “impactar na perspectiva de produção total, avaliada nesse primeiro levantamento em 17,51 milhões de sacas de café conilon beneficiado”, disse. O número é 3,8% menor que o volume registrado na safra 2022.