A contração muscular dinâmica que ocorre quando corremos, saltamos, pedalamos, fazemos musculação ou treino de resistência, estimula o músculo a produzir e liberar esse hormônio. Entre as miocinas mais importantes está a irisina que, além de agir diretamente nos músculos, promove o aumento da massa magra. Além disso, atua em órgãos como fígado, ossos, tecido adiposo e cérebro. Parte da popularidade da irisina se deve ao fato de ela ser uma molécula termogênica, aumentando o metabolismo e o gasto energético.

A irisina, portanto, facilita a captação de glicose pelos músculos e melhora o metabolismo da gordura, ajudando no combate à obesidade e síndrome metabólica.

O tipo de atividade física parece interferir na produção da irisina. Ou seja, observa-se o aumento da substância no organismo após exercícios de média e alta intensidade, treino de resistência e foi menor após atividades de baixa intensidade.

Os estudos sugerem que as miocinas podem ser a ligação entre o exercício e a proteção contra doenças crônicas como diabetes tipo 2. Além das doenças cardiovasculares, câncer, demência e depressão. Elas têm ação anti-inflamatória, evitando o acúmulo de gordura visceral (prevenindo doenças metabólicas). Portanto, quanto maior o nível no organismo, menor o risco de desenvolver Alzheimer.

Se a ciência confirma a importância da atividade física para a prevenção de doenças, as pesquisas apontam cada vez mais malefícios ligados ao sedentarismo. Sabemos dos problemas relacionados ao acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática) e aumento da circunferência abdominal (gordura visceral). Mas estudos recentes mostram que a gordura também pode se infiltrar nos músculos: é a mioesteatose.

Conclusão

A irisina e outras miocinas produzidas pelo músculo em resposta ao exercício, são substâncias que trazem equilíbrio metabólico. Nele estão presentes em maiores níveis em pessoas ativas. Isso é mais uma evidência da importância da atividade física para o equilíbrio do organismo, prevenção de doenças e manutenção da saúde.