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Mika, a primeira CEO robô lidera uma fabricante de bebidas polonesa e se acha melhor que os chefes humanos

Conheça Mika, primeira CEO robô do mundo

CEO robô lidera uma fabricante de bebidas e se acha melhor que os chefes humanos

São muitos os relatos e estudos envolvendo a possibilidade da inteligência artificial “roubar” os empregos de muita gente. Mas não se imaginava que isso poderia acontecer até com CEOs. Pois foi o que aconteceu na Dictador, uma fabricante polonesa de rum, que apontou a robô humanoide Mika como sua nova CEO.

Ela foi desenvolvida em conjunto com a Hanson Robotics, também inventora da Sophia, conhecida como “o primeiro robô cidadão do mundo”. Identificada como mulher,  considerada “mais avançada” que sua irmã famosa.

Ela sabe bem das suas vantagens em relação a humanos. Em entrevista recente, disse que “nunca pede aumento ou tira férias”, e que CEOs de IA atuem com mais eficiência, por serem capazes de otimizar processos e tomar decisões com base em padrões de dados e algoritmos.

Mika participa de fato das reuniões gerenciais da empresa e colabora com insights. O presidente da Dictador, Marek Szoldrowski, garante que ela é “definitivamente, e de fato, a CEO” da empresa, e não um golpe de marketing para ganhar visibilidade.

Delay significativo nas respostas

Ao mesmo tempo, ela admitiu que “os algoritmos de IA podem ser tendenciosos se não desenvolvidos e supervisionados adequadamente”. Até por isso, ela na verdade divide o posto de CEO com seu colega humano Hernán Parra.

A nomeação de Mika, ao menos em tese, sublinha o compromisso da marca de rum em abraçar novas tecnologias e injetar inovação numa indústria tradicionalmente conservadora. Mas Mika ainda precisa de aperfeiçoamentos: em suas entrevistas, ela ainda apresenta delay significativo nas respostas, aponta o Design Taxi.

Mas, ainda que não perfeita, ela fala com desenvoltura e é reconhecida por isso. Em outubro, a nomearam professora honorária no Collegium Humanum em Varsóvia, na Polônia.

Provavelmente, Mika também se consideraria uma professora melhor que os humanos. Mas, mesmo com toda sua confiança, ela não acha que os robôs devem dominar o mundo. Para ela, a IA é uma “ferramenta valiosa que pode trazer melhorias para vários setores, da saúde à manufatura, passando pelo atendimento ao cliente. Mas acho importante lembrar que robôs e humanos são diferentes e têm capacidades diferentes. Estamos aqui para ajudar”, diz.