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Segundo dados da Abras, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo das famílias brasileiras, sofreu reflexo da queda da inflação de maio

Consumo das famílias brasileiras cresce 2,02%, diz Abras

De acordo com a Abras, a queda da inflação em maio, incentivou o aumento do consumo das famílias no Brasil

O consumo das famílias brasileiras registrou queda de 3,47% em maio na comparação com abril, segundo dados que foram divulgados hoje (14), em São Paulo, pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação ao mesmo período de 2021, houve alta de 0,39%. No acumulado do ano teve uma expansão de 2,02%. A queda da inflação em maio refletiu em menor variação nos preços da cesta de alimentos.

Segundo o vice-presidente institucional da Abras, Marcio Milan, a expectativa é de que a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis, que impacta o frete, a queda do desemprego e os novos recursos que devem ser injetados na economia decorrentes da Proposta de Emenda à Constituição – a chamada PEC dos Benefícios – contribuam para o consumo nos lares.

“Estamos confiantes na sinalização dos analistas de mercado para uma inflação em menor patamar para o próximo mês, o que pode diminuir o preço da cesta de alimentos”, disse Milan.

Cesta

Segundo dados da Abras, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza), sofreu reflexo da queda da inflação de maio. A variação em maio foi de 0,94%, sendo a menor alta desde janeiro. Com isso, o preço médio da cesta nacional passou de R$ 758,72 em abril para R$ 765,82 em maio. Já no acumulado do ano houve alta de 9,32% e, em 12 meses, a variação foi de 17,20%.

As maiores altas de janeiro a maio foram do feijão (28,46%), leite longa vida (28,04%), óleo de soja (22,57%), farinha de trigo (21%), café torrado e moído (14,63%), massa sêmola de espaguete (12,12%), margarina (8,94%), arroz (2,59%) e açúcar (0,61%).

No sentido contrário, aparecem os cortes da carne bovina. Dessa forma, apresentaram queda em maio devido à baixa demanda. Ou seja, traseiro (-0,84%) e dianteiro (-0,07%). No entanto, no acumulado do ano os dois itens tiveram alta de 4,84% e 4,87%.

Enquanto que no grupo de higiene e beleza, os produtos com maior variação positiva nos preços foram o sabonete (12,64%), xampu (6,31%), creme dental (6,24%) e papel higiênico (5,26%).

Na categoria limpeza, as maiores variações foram puxadas por sabão em pó (10,62%) e detergente líquido para louças (6,24%). Assim como o desinfetante (4,78%) e água sanitária (4,66%).

Quadro nas regiões

A Região Sul apresentou a maior variação no preço médio da cesta, com alta de 2,10%, passando de R$ 842,49 em abril para R$ 860,15 em maio. Em 12 meses, a variação é 21,22%, a maior dentre as cinco regiões do país.

Já a região Sudeste teve recuo de 0,10%. O preço médio da cesta caiu de R$ 748,05 em abril para R$ 747,31 em maio. Nos últimos 12 meses, a variação é de 19%.

Nas outras regiões, as variações no acumulado dos 12 meses foram: Nordeste (18,17%), Centro-Oeste (15,35%) e Norte (12,03%).

Fonte: Agência Brasil