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As contas externas iniciaram este ano com déficit de US$ 8,791 bilhões, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados hoje (24).

Contas externas têm saldo negativo de US$ 8,8 bilhões em janeiro

Houve redução de 6% no déficit em relação ao mesmo mês de 2022 nas contas externas

As contas externas iniciaram este ano com déficit de US$ 8,791 bilhões, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados hoje (24). Em janeiro do ano passado, o saldo negativo das transações correntes de compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo foi maior, tendo ficado em US$ 9,396 bilhões.

No balanço das transações correntes, a conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) apresentou o maior saldo negativo, ao chegar a US$ 7,808 bilhões, no mês passado.

A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos e seguros, entre outros) contribuiu para o resultado negativo com US$ 2,274 bilhões.

Por outro lado, a conta de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) apresentou resultado positivo de US$ 82 milhões.

A balança comercial contribuiu para reduzir o déficit das contas externas, ao apresentar superávit de US$ 1,208 bilhão.

Financiamento

Quando o país tem déficit nas contas externas, preciso financiar esse resultado negativo com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. Todavia, o investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.

No mês passado, o IDP chegou a US$ 6,877 bilhões, no entanto, não foi suficiente para cobrir todo o déficit em transações correntes.

Em 12 meses, o déficit em transações correntes chegou a US$ 55,355 bilhões. O que correspondeu a 2,87% de tudo o que produzido no país Produto Interno Bruto (PIB). O IDP somou US$ 92,345 bilhões ou 4,78% do PIB.

Em janeiro deste ano, o país registrou entrada líquida (descontadas as saídas) de investimento em ações negociadas em bolsas de valores no Brasil. Ou seja, em fundos de investimento e em títulos de dívida, no total de US$ 4,156 bilhões. Em 12 meses encerrados em janeiro, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$ 4,8 bilhões.

Fonte: Agência Brasil