A ilha vulcânica Simberi, no mar de Bismark, faz parte da província da Nova Irlanda, em Papua-Nova Guiné.
Moradores de ilha Simberi, em Papua-Nova Guiné, encontraram no mês passado os restos mortais de uma criatura em forma de corpo de sereia que causou surpresa e acabou se transformando em uma polêmica nacional. Sem conseguir obter uma explicação, as pessoas têm chamado o cadáver de sereia “globster”, palavra usada em inglês para qualquer tipo de massa orgânica misteriosa.
Considerada por enquanto como um suposto mamífero marinho, a criatura ainda não teve um diagnóstico de consenso entre os especialistas entrevistados pelo portal científico WordsSideKick.com.
“Estranha criatura marinha morta em forma de sereia apareceu na costa da Ilha Simberi esta manhã. Alguém com explicação para identificá-la?”, provoca uma postagem no perfil New Irelanders Only (NIO) do Facebook. A ilha vulcânica Simberi, no mar de Bismark, faz parte da província da Nova Irlanda, em Papua-Nova Guiné. Sua população não excede 1 mil habitantes.
O que dizem os especialistas sobre a “sereia globster”?
De acordo com Erich Hoyt, pesquisador da ONG britânica Whale and Dolphin Conservation (WDC), “isto parece um dugongo morto há muito tempo”, disse ele ao Daily Mail. “Primo” do nosso peixe-boi, o dugongo (Dugong dugon) é um mamífero marinho herbívoro conhecido popularmente como vaca-marinha. Entrevistado pela WordsSideKick.com, o cientista-chefe da Pacific Whale Foundation no Havaí, concorda com a hipótese de o globster ser um dugongo.
Já a cientista ambiental Helene Marsh, da Universidade James Cook, na Austrália, não quis arriscar e disse à plataforma que a sereia globster é um mamífero marinho não especificado. Outra especialista em mamíferos marinhos, Sascha Hooker, da Universidade de St Andrews, na Escócia, defendeu que os restos mortais são provavelmente de um “cetáceo muito decomposto”.
Um dos especialistas chegou até a sugerir a possibilidade de a sereia globster ser um falecido tubarão. Entretanto, a maioria dos estudiosos do assunto refutaram a teoria, dizendo que o formato da cauda, as nadadeiras e a coluna da criatura não são parecidas com as de um tubarão.
Afinal, o que é na realidade a sereia globster?
Sem informações precisas sobre o tamanho e o peso dos restos do animal marinho, porque os moradores não fizeram qualquer tipo de medição, fica difícil para os especialistas, à distância, fazerem qualquer tipo de suposição fundamentada.
Além disso, nenhum morador teve condições, ou equipamento, para coletar amostras de DNA. Desse modo, tornou praticamente impossível a identificação do corpo. Agora, decorrido um mês da descoberta, qualquer tipo de pesquisa fica ainda mais difícil. Sobretudo, porque os residentes de Simberi optaram por enterrar os restos do animal.
Dugongo, baleia, golfinho ou tubarão, a verdade é que provavelmente jamais teremos certeza da verdadeira identidade da sereia globster da ilha de Simberi. Na falta de uma explicação plausível, fica um comentário do Facebook. “Deve ter sido uma velha sereia que veio na época do seu falecimento, e então morreu”.