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Especialista fala de cuidados para ajudar crianças superdotadas a desenvolver seu talento

CRIANÇAS SUPERDOTADAS: Como auxiliar na sua formação

O acompanhamento com crianças superdotadas exige muita atenção

Há poucos dias, Miro Latansio Tsai, um garoto brasileiro de apenas cinco anos, foi reconhecido como o mais jovem do mundo a descobrir asteroides. O antigo recorde era de outra brasileira, Nicole Oliveira, de oito anos. Além desses casos, ocasionalmente nos deparamos com crianças superdotadas que conseguem realizar feitos incríveis, nos mais variados âmbitos, como no esporte, na ciência ou na arte.

Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª edição, a professora Helena Rinaldi Rosa, especialista em avaliação psicológica, do Instituto de Psicologia da USP, analisa as crianças-prodígio e as diferenças e particularidades ao longo de suas formações.

Identificar crianças superdotadas não é tão simples quanto parece. Procurar um profissional especializado e acompanhamento é o caminho mais comum. O reconhecimento começa quando “a criança faz alguma coisa muito extraordinária, muito acima do que a gente espera da média das crianças, esse é o jeito que as pessoas acabam fazendo. Mas existem instrumentos de psicologia, por exemplo, testes”, afirma a professora.

Educação e acompanhamento

A educação e o acompanhamento das crianças são fundamentais. Por isso, Helena Rinaldi entende que é preciso “ficar mais atento com essas crianças enquanto pais, quer dizer, acompanhar mais de perto, não que as outras não precisem, as outras crianças, vamos chamar de normais ou típicas, como a gente chama hoje na psicologia, elas também precisam de um acompanhamento o tempo todo. Mas a criança superdotada, talvez por isso mesmo, tenha alguma dificuldade social. Por exemplo, de relacionamento, de ir numa escola que na verdade não é para ela.”

Uma das questões que geram discussão é o impacto que essas habilidades podem ter no desenvolvimento das crianças. Para a professora, é importante que elas sejam incentivadas, mas em equilíbrio com outras atividades da vida infantil.

“Eu acho que a criança deve sempre receber estímulos. Por mais superdotada que ela seja, acho que ela tem, mais ainda por ser superdotada, uma contribuição a dar socialmente e ao mundo. O que não pode então é deixar que isso gere mais problemas para a criança, ao invés de uma boa adaptação no mundo. Eu acho que sempre a criança deve receber estímulos, mas ao mesmo tempo ter tempo para brincar, estimulada a curtir a sua infância, enfim, no seu desenvolvimento”.

Fonte: JornalUsp Por João Dallara