Curativo eletrônico também é biodegradável
Pesquisadores da Northwestern University, nos EUA, desenvolveram um curativo eletrônico flexível e elástico com uma tecnologia inédita. Ele acelera a cicatrização através da eletroterapia diretamente no local da ferida.
Esse curativo tecnológico se chama Bandage. Entretanto, ele também é capaz de monitorar o processo de cicatrização, alertando os médicos sobre possíveis problemas em tempo real.
Embora seja um dispositivo eletrônico, os componentes ativos que interagem com o leito da ferida são totalmente reabsorvíveis […] Os materiais desaparecem naturalmente após a conclusão do processo de cicatrização, evitando assim qualquer dano ao tecido que, de outra forma, poderia ser causado pela extração física.
“Esse produto deverá ser um grande aliado para a população diabética e com outros diagnósticos que dificultam a cicatrização de feridas”, disse John A. Rogers, um dos líderes do projeto, que atua na Northwestern University.
Mais informações sobre o curativo eletrônico
- A publicação da pesquisa sobre o projeto saiu no dia 22 de fevereiro, na revista Science Advances.
- Esse curativo será o primeiro bioabsorvível capaz de fornecer eletroterapia e o primeiro exemplo de um sistema regenerativo inteligente.
- Ele produzido com molibdênio – um metal comum na fabricação de componentes eletrônicos. As informações transmitidas através da tecnologia NFC, sem fio.
- Eles descobriram que, quando o molibdênio é fino o suficiente, ele se torna biodegradável.
- ”Observamos que as células migraram rapidamente para a ferida e regeneraram o tecido cutâneo na área. O novo tecido da pele incluía novos vasos sanguíneos e assim a inflamação era moderada”, afirmou Guillermo Ameer, que também liderou o projeto.
Durante os estudos em testes em animais, os pesquisadores aplicaram estimulação elétrica durante 30 minutos por dia, o que acelerou a cicatrização em 30% nesse período.
Dessa forma, quando a ferida cicatriza, o curativo se dissolve no corpo, sem a necessidade de extração. Os pesquisadores desse projeto foram pioneiros nessa descoberta. ”Depois de cerca de seis meses, a maior parte se foi e descobrimos que há muito pouco acúmulo nos órgãos, mas nada fora do comum. A quantidade de metal que usamos para fazer esses eletrodos é tão mínima que não esperamos que cause grandes problemas”, concluiu Ameer.