Seus investimentos devem constar na declaração do Imposto de Renda 2022; veja como fazer

Com um aumento de cerca de 1,5 milhão de investidores no Brasil, a declaração do Imposto de Renda 2022 receberá novos contribuintes que estarão preenchendo, pela primeira vez, dados referentes à renda fixa e variável. Ao contrário da poupança, eles são tributados e necessitam de cuidados no momento de prestar contas com o Leão.

A declaração do Imposto de Renda termina no dia 31 de maio, prorrogada pelo Fisco, mas que sempre deixa muita gente para os minutos finais do compromisso.

Segundo o economista e assessor de investimentos Gustavo Neves, da Maestro Investimentos, a regra geral solicita a declaração do valor de aquisição dos bens, ou seja, o que inclui investimentos em ações, títulos de renda fixa e tesouro direto.

“Devem ser declarados os investimentos que ainda estavam em posse do investidor no dia 31 de dezembro de cada ano. Assim, se o investidor se desfez do investimento antes dessa data, a posse não precisa mais da declaração e sim o lucro, caso tenha ocorrido”, explicou Neves.

Outra dúvida comum é o que se deve declarar; se o que está aplicado na aquisição do investimento ou então o valor final com o rendimento?

“Deve se declarar o valor de aquisição dos bens, inclusive para investimentos em ações, títulos de renda fixa, tesouro direto. O investidor não deve atualizar os bens à valor de mercado. Há uma exceção; para os fundos de investimentos que possuem o sistema come cotas que os diferenciam dos outros; neste caso então é bom conversar com o assessor de investimentos para dar o direcionamento.”

Invista a longo prazo

Na hora da mordida do Leão ao mesmo tempo é momento de reflexão e de aproveitar oportunidades quando o assunto é investimentos.

Um fato interessante é que quanto mais tempo o dinheiro estiver aplicado, a tendência é a taxação ser menor. Os investimentos no médio e longo prazo com incidência de imposto de renda têm alíquota menor que os de curto prazo.