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A COP27 no Egito, vai contar com a presença de deputados estaduais do mato grosso que vão representar o parlamento estadual

ALMT: Deputados estaduais participam da COP27, no Egito

Na Conferência de Cúpula da ONU sobre Mudança do Clima

A Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), vai contar com a presença do primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Max Russi (PSB) e do deputado Xuxu Dal Molin (União Brasil). Pois eles vão representar o Parlamento estadual, que acontece em Sharm el-Sheikh, no Egito, até o dia 18 de novembro.

No entanto, os parlamentares se unem a comitiva formada por representantes do Governo do Estado. Do Executivo estadual estarão presentes, o governador Mauro Mendes (União Brasil) e a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti. Dados da SEMA apontam que 62% do território estadual estão preservados, mesmo o Estado sendo o principal produtor de commodities do país.

“O debate sobre a produção e a conservação é importante, porque Mato Grosso é um estado que produz muito, mas também preserva muito. Lá, vamos fazer essa defesa para que o mundo conheça nosso potencial de produção. E também a nossa competência na preservação do meio ambiente’, explicou Russi.

A secretária Mauren Lazzaretti, afirmou que entre as prioridades que serão levadas à COP27, está a Estratégia do PCI (produzir, conservar e incluir). Pois, segundo ela, é um eixo que une as políticas públicas implementadas pelo estado de Mato Grosso.

É preciso que o mundo pague pelos serviços de proteção ambiental de MT

“Hoje, Mato Grosso é um dos maiores produtores de alimentos do mundo e, mesmo assim, consegue conservar 62% do seu território. O governo estadual está trabalhando para a recuperação ambiental de 5% do território. Somos exemplo para o mundo, porque produzimos e preservamos o meio ambiente”, explicou a Lazzaretti.

O deputado Xuxu Dal Molin disse que o mundo precisa conhecer o potencial produtivo de Mato Grosso que está aliada à preservação ambiental. “Eles precisam copiar o que o Mato Grosso faz, venha participar. Aqui, ninguém é dono da verdade. Mas nós temos que debater e mostrar o que somos. Essa é a principal bandeira. É preciso que o mundo pague pelos serviços de proteção ambiental que são feitos em Mato Grosso. Essa é a palavra-chave”, disse Dal Molin.

Outra proposta que será debatida pelo governo na COP27, de acordo com Lazzaretti, é o Programa Carbono Neutro. Um compromisso estadual, entretanto, apresentado na última edição da COP. Segundo a secretária, é uma meta ousada voltada a neutralizar a emissão de poluentes até 2035.

“À COP27 o governo vai levar dois importantes avanços alcançados por esse programa. Um deles é o lançamento da plataforma para a concessão do selo digitais às 14 entidades. Pois são signatárias e possuem o selo dentro de três categorias. São eles, apoiador, financiador e compromissários. Lá, o governo vai lançar a cooperação do estado de Mato Grosso com a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Uma normalização nacional para a descarbonização, a certificação de carbono no país”, explicou Lazzaretti.

O Brasil tem que cuidar de 30 milhões de pessoas que moram na Amazônia

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputado Carlos Avallone (PSDB), destacou o papel do Poder Legislativo. Desse modo, ele tem um papel fundamental na construção de políticas públicas voltadas à redução do desmatamento ilegal. Segundo ele, além de debater essas medidas é preciso discutir a compensação financeira para os países que mais preservam o meio ambiente.

“Os países desenvolvidos têm que entender que se não colocarem recursos financeiros, como foi definido no Acordo de Paris, nada vai evoluir. Algo em torno de 100 bilhões de dólares anuais para financiamento climático a países emergentes. Hoje, o Brasil tem que cuidar de 30 milhões de pessoas que moram na Amazônia. Não há ninguém no mundo que preserva mais que o Brasil. Nós precisamos cuidar do nosso povo e para isso depende de recursos financeiros”, explicou Avallone.

No Egito, os países estão debatendo sobre adaptação climática. Bem como, a mitigação dos gases do efeito estufa, impacto climático na questão financeira e colaboração para conter o aquecimento global.