O nível de conservação do fóssil de dinossauro encontrado impressionou os pesquisadores, pois preserva até hoje tecidos moles como a pele
Em 1999, vestígios de um dinossauro foram encontrados em Dakota do Norte, nos Estados Unidos e o que chama atenção é o estado de conservação. O fóssil é da espécie Edmontosaurus, um herbívoro bico de pato que passou pela Terra a cerca de 67 milhões de anos atrás no período Cretáceo.
Em outras palavras, os Edmontosaurus viviam em manadas que podiam chegar até 10 mil indivíduos. Assim, esses dinossauros possuíam cerca de 13 metros de comprimento e pesavam 4 toneladas. Aliás, o maior inimigo e predador desses animais eram os Tiranossauros.
O nível de conservação do fóssil encontrado é impressionante, a pele petrificada do dinossauro permite aos cientistas entender como eram os aspectos externos desses animais. Ou seja, ele está praticamente mumificado.
Novos estudos sobre o dinossauro mumificado
Quase 20 anos após ser descoberto, pesquisadores reiniciaram os estudos da espécie em 2018. Na nova análise, os paleontólogos descobriram que o dinossauro havia mordido pelo menos dois carnívoros, que indicam que após ter morrido, ele foi atacado por animais carniceiros. A descoberta abalou os cientistas, pois pôs abaixo a ideia de que para a fossilização, o animal precisasse ser enterrado logo após ser morto.
No entanto, foi justamente a exposição a intempéries e animais carniceiros que ajudou a preservar o dinossauro. Segundo os cientistas, as feridas das mordidas permitiram que gases, fluidos e micróbios internos saíssem do Edmontosaurus antes que o processo de decomposição se completasse. Isso permitiu que a pele do dinossauro fosse dessecada antes da fossilização, possibilitando então a incrível preservação do fóssil.
A fossilização de tecidos internos do dinossauro como músculos e tendões da perna traseira também permitiu que os pesquisadores fizessem novas descobertas acerca do dinossauro. Ele podia correr a 45 quilômetros por hora, muito mais rápido que seus predadores, os Tiranossauros, que não passavam de 27 quilômetros por hora.
Para o estudo de 2018, os paleontólogos utilizaram equipamentos fornecidos pela NASA e pela Boeing. Um tomógrafo de grande escala permitiu que os pesquisadores analisassem o fóssil em alta definição.