Estimulado pelo produtor Robertinho de Recife, Fagner já tinha um projeto de gravar um disco voltado às músicas feitas com Belchior. Era uma ideia que todos sabiam ser poderosa, cruzando dois dos cearenses mais voluptuosos da MPB. "Eles mostraram que o Nordeste não acaba na Bahia", dizia Ronaldo Bôscoli. De fato, ao contrário de baianos, mineiros, paulistas ou pernambucanos, nenhuma geração de cearenses anterior ou posterior a eles fez o mesmo pelo Ceará. Mas veio a pandemia, outros trabalhos se sobrepuseram e Fagner levou o encontro póstumo com Belchior em banho-maria, até que o destino, ou um golpe de baioneta do passado, reacendesse suas vontades.