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Artistas aproveitam a fama para lançar grifes próprias de beleza e moda, enquanto relegam a carreira musical e os fãs para construir impérios bilionários

Estrelas faturam com grifes próprias e deixam até a música de lado

Artistas aproveitam a fama para lançar grifes próprias de beleza e moda, enquanto relegam a carreira musical e os fãs para construir impérios bilionários

Muitas estrelas do pop já nem precisam mais da música em si para sobreviver, elas faturam é com seus negócios milionários ao lançar grifes próprias. Ao longo do ano que passou, o rapper Kanye West virou símbolo do que seria um “cancelamento justificável”.

Com sua língua desenfreada, ele ofendeu judeus com falas antissemitas e debochou da luta antirracista nos Estados Unidos, coroando as polêmicas ao defender Adolf Hitler. A conta chegou: empresas que tinham contratos com o cantor e sua marca de roupas e sapatos Yeezy, como Balenciaga, GAP e Adidas, encerraram a parceria, causando prejuízo de 1,5 bilhão de dólares a West.

Diante de sua conduta errática, a queda de West não surpreendeu. Mas o caso iluminou um dado espantoso: a renda que garantia a presença do rapper na lista de bilionários da Forbes até o escândalo, vinha de negócios paralelos — seus últimos discos foram uma nulidade em vendas.

Fenty Beauty By Rihanna: Delineador líquido de longa duração

Assim como ele, outras estrelas do pop já nem precisam mais da música em si para sobreviver — elas faturam é com seus negócios milionários. O maior expoente desse fenômeno é Rihanna.

Vencedora de nove prêmios Grammy, a artista caribenha escanteou o microfone em 2017, um ano após o lançamento de seu último álbum, ANTI, para investir em uma marca de maquiagem própria, a Fenty Beauty.

A diva de Barbados mergulhou no mundo empresarial para erguer um império lucrativo: em cinco anos de existência, a Fenty Beauty é avaliada em 3 bilhões de dólares (mais de 15 bilhões de reais).

A voz do hit Umbrella também criou uma linha de lingeries, a Savage x Fenty, que surfou na onda de uma indústria mais inclusiva, desbancando a Victoria’s Secret e a ditadura da magreza.

Ela fundou, ainda, uma empresa de cosméticos, a Fenty Skin. Somando-se as participações nos lucros expressivos das três empresas e os royalties musicais (cifra bem menor na conta), Rihanna ostenta um patrimônio líquido de 1,4 bilhão de dólares aos 34 anos — e é a bilionária mais jovem dos Estados Unidos.

Lady Gaga e Selena Gomez também apostam em suas grifes próprias

Outras divas do pop não chegam a tanto, mas direcionam cada vez mais suas energias para atividades extramusicais. Lady Gaga e Selena Gomez também apostam no mercado da beleza com a Haus Labs e a Rare Beauty, respectivamente. Já a protagonista de Only Murders in the Building vende sua a dela em 45 países — incluindo o Brasil. Em apenas um ano, lucrou 60 milhões de dólares. Ambas não lançam novos discos desde 2020. Mas, com tantas fontes de renda, quem precisa dar duro compondo?

Aliás,  na seara do rap, a queda de Kanye West iluminou um herdeiro em ascensão: Drake. Simbolizada por uma coruja, a October’s Very Own (OVO) é a linha de roupas do artista canadense. O patrimônio estimado em 250 milhões de dólares do rapper provém não só de suas canções, mas também de investimentos imobiliários. Assim como as parcerias com Apple e Adidas, além de lucros da gravadora da qual é dono, a OVO Sound. As rimas ainda são importantes em seu caso, mas não mais essenciais como ganha-­pão.