A pressão arterial elevada pode causar alterações cerebrais que podem levar a habilidades cognitivas prejudicadas
A associação entre pressão arterial alta e demência já foi observada anteriormente, mas um novo estudo revela como as duas estão conectadas.
A pesquisa publicada no European Heart Journal identificou partes específicas do cérebro que são afetadas pelo aumento da pressão arterial.
A equipe do estudo associou a pressão alta e declínio cognitivo a danos em nove regiões cerebrais diferentes.
Essas áreas do cérebro influenciam na capacidade de aprendizado, planejamento de tarefas de tomada de decisão e regulação emocional. A pressão alta também diminuiu o volume do tecido cerebral nos participantes.
Detalhando o estudo
Para o estudo, a equipe queria investigar se a pressão alta causava danos cerebrais estruturais ou se era coincidência.
Para fazer isso, os pesquisadores empregaram uma técnica chamada “randomização mendeliana”, que usa a informação genética de uma pessoa.
Eles então procuraram ver se existia uma relação entre os genes que predispõem a uma pressão arterial mais alta e os resultados.
“Em nosso estudo, de um gene que causa pressão alta também está ligado a certas estruturas cerebrais e suas funções, isso sugere que a pressão alta pode realmente estar causando disfunção cerebral naquele local, levando a problemas de memória, pensamento e demência”, disse o professor Guzik.
Identificar regiões específicas do cérebro afetadas pela pressão alta pode abrir caminho para tratamentos personalizados.
O que é pressão alta?
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. O Ministério da Saúde define pressão alta quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).
O problema dessa condição é que o coração tem que trabalhar mais para bombear o sangue para todo o corpo.
Portanto, a hipertensão é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.