Exportação de carne bovina do Brasil: Embarques para EUA cresceram 118 mil toneladas
A exportação de carne bovina do Brasil somou 2,25 milhões de toneladas de janeiro a novembro, crescimento de 4% ante o mesmo período do ano passado. Um impulso de compras dos Estados Unidos que compensaram menores embarques para a China, de acordo com dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
Houve crescimento nos embarques para os EUA de cerca de 118 mil toneladas. No acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano passado, é maior do que o aumento de 94,6 mil toneladas das exportações totais brasileiras da carne em 2023 até novembro.
Os EUA enfrentam um ciclo de oferta de gado mais baixa, o que tem elevado os custos para empresas e consumidores. Assim, abriu um espaço maior para o Brasil, que é sede de empresas como JBS e Marfrig que têm operações importantes no território no norte-americano.
O Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, está enfrentando preços mais baixos no mercado internacional. Aliás, o que fez a receita total com as exportações cair 20% no acumulado do ano até novembro, para US$ 9,75 bilhões (R$ 47,86 bilhões), segundo dados do governo compilados pela Abrafrigo.
Dados
No acumulado do ano, os preços médios caíram para US$ 4.329 (R$ 21.248,03) a tonelada, versus US$ 5.670 (R$27.830,06) por tonelada em 2022.
A China continua a ser o principal cliente do Brasil na exportação de carne bovina, mas comprou 7,5% a menos do que em 2022 até novembro. Pagando preços que caíram de US$ 6.510 (R$ 31.953,03) no ano passado para US$ 4.790 (R$ 23.510,76) por tonelada em 2023. Contudo com redução de 26,4% na receita acumulada até agora.
A participação chinesa no total exportado caiu de 53,2% no ano passado para 48,4% em 2023, disse a associação. Já os EUA se consolidaram como o segundo maior cliente do país neste ano.
Em 2023, a exportação para os norte-americanos cresceu 68,2%, para 291.060 toneladas, mas os preços não acompanharam o salto nos volumes. Portanto, limitou o avanço na receita para US$ 944,6 milhões (R$ 4,636 bilhões), um alta de aproximadamente US$ 40 milhões (R$ 196,33 milhões).
Chile, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos aparecem entre os maiores compradores de carne bovina do Brasil, após China e Estados Unidos.