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O ministro Carlos Fávaro, disse (8) que se tivesse feito a prova do Enem, realizada no último domingo (5) teria errado a questão

Fávaro diz que teria errado questões sobre o agro no Enem

Ministro evitou criticar a prova, mas declarou ter uma visão diferente sobre o agronegócio

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse (8) que se tivesse feito a prova do Enem, realizada no último domingo (5), teria errado algumas questões. Alguns temas abordados chamaram atenção nesta semana por criticar a “lógica do agronegócio” no Cerrado e o capitalismo.

Aliás, Fávaro disse viver e conhecer o agronegócio que, na sua visão, produz oportunidades, desenvolvimento social e inclusão social. De acordo com o ministro, talvez o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) “vá compreendendo isso no dia a dia”.

Na 2ª feira (6), a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) emitiu uma nota em que pede “posicionamento urgente” do governo a respeito das questões na prova. A frente, portanto, pede que elas sejam anuladas e que o ministro da Educação, Camilo Santana, seja convocado para audiências no Congresso.

As questões, descritas como de “cunho ideológico e sem critério científico ou acadêmico” pela FPA, são as de número 70, 71 e 89 (tendo como referência o caderno de prova branco).

  • questão 70: critica a “lógica do agronegócio” e trata do avanço da cultura da soja e do desmatamento na Amazônia. Um trecho do texto usado como base diz: “Parto da compreensão central de que a lógica que gera o desmatamento esta articulada pelo tripé grileiros, madeireiros e pecuaristas”;
  • questão 71: trata sobre a corrida espacial financiada por bilionários e faz referência à colonização do Brasil; e
  • questão 89: afirma que “o modelo capitalista subordina homens e mulheres à lógica do mercado”. O texto também focou no agronegócio no Cerrado.