O agronegócio será o principal setor beneficiado com a F.A.T.O., mas não o único a poder usufruir da ferrovia estadual MT
Mato Grosso assinou em setembro o contrato para a construção da primeira ferrovia estadual em MT privada, viabilizada por meio de autorização por um estado brasileiro.
A F.A.T.O. (sigla para Ferrovia Autorizada de Transporte Olacyr de Moraes) vai conectar a capital Cuiabá e os municípios de Nova Mutum e Lucas do Rio Verde a Rondonópolis, no sul do Estado, onde tem início a Ferronorte. Uma concessão federal que forma com a Malha Paulista o principal corredor de exportação de grãos do País, via Porto de Santos (SP).
“Mais trilhos fortalecem a nossa economia e, o principal, geram milhares de empregos”, afirma o governador Mauro Mendes. “A previsão é de mais de 235 mil novos postos de trabalho, que serão gerados não só no processo de construção da ferrovia, mas também por todo o desenvolvimento que o modal vai trazer”.
A última safra de grãos em Mato Grosso (2019/2020) cresceu 9,3%, chegando a 74 milhões de toneladas segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O volume superou a média de aumento da produção nacional, que foi de 3,8%. Ao mesmo tempo, até 2030 a projeção é chegar a 120 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Para Mendes, o agronegócio será o principal setor beneficiado com a F.A.T.O., mas não o único a poder usufruir da ferrovia estadual MT. “Os trilhos não chegam somente para atender o campo. Ela também será a ferrovia da indústria e do comércio, pois vai se conectar com a malha ferroviária nacional. Poderemos comprar e vender com mais agilidade e custo reduzido”.
Ferrovia Estadual MT
A ferrovia autorizada pelo Estado será construída pela Rumo, que detém a concessão da Ferronorte, feita nos anos 1990 por Olacyr de Moraes, empresário homenageado no batismo da nova ferrovia.
De acordo com a Companhia, devem investir entre R$ 9 bilhões e R$ 11 bilhões, com conclusão prevista até 2030. Agora, as obras devem começar até seis meses após a emissão da licença ambiental.
Fonte: Informativo dos Portos – Foto: Painel Logístico