É uma das fases mais pesadas da guerra de Israel desde o início em outubro
Tropas de Israel travaram batalhas ferozes com o Hamas no sul de Gaza nesta quarta-feira (6), depois de chegar ao coração da cidade de Khan Younis. Os ataques forçaram os civis palestinos a buscar refúgio em outros lugares, à medida que o número de áreas seguras diminui.
Aviões de guerra israelenses também bombardearam alvos, em uma das fases mais pesadas da guerra nos dois meses desde o início do conflito.
Médicos palestinos disseram que os hospitais estão transbordando de civis mortos, bem como feridos. Muitos deles mulheres e crianças, e que os suprimentos estão acabando.
As tropas e os tanques israelenses avançaram para a parte sul da Faixa de Gaza, depois de ter conquistado o controle do norte, em uma campanha para eliminar o Hamas. Eles cercaram Khan Younis em uma onda de violência desde o colapso da trégua na semana passada.
Israel, no entanto, disse que suas forças travam batalhas intensas hoje e atingiram centenas de alvos no enclave. Incluindo uma célula militante perto de uma escola no norte.
O braço armado do Hamas, as brigadas al-Qassam, também afirmou que seus combatentes estão envolvidos em confrontos com as forças israelenses.
Moradores
Contudo, os moradores disseram que os bombardeios israelenses se intensificaram durante a noite, matando e ferindo número indeterminado de pessoas, e que tanques combatem militantes palestinos ao norte e a leste de Khan Younis.
Os tanques estavam estacionados nos arredores do campo de refugiados de Khan Younis, não muito longe da casa do líder do Hamas em Gaza, Yehya Al-Sinwar, disseram. Não ficou claro se alguém estava lá.
Alguns palestinos descreveram fugas, assim que suas casas destruídas em um ataque aéreo israelense noturno no bairro de al-Amal, em Khan Younis.
O grupo Hamas disse ter matado ou ferido oito soldados israelenses e destruído 24 veículos militares na terça-feira. Entretanto, Israel afirmou a morte de 84 soldados desde o início da operação terrestre, há cinco semanas.
O Instituto para o Estudo da Guerra, sediado em Washington, disse que os combatentes do Hamas estavam usando dispositivos explosivos improvisados e minas antipessoais. Em uma mudança de tática à medida que os combates se aproximavam do confronto terrestre.
Israel desencadeou sua campanha em resposta a um ataque, em 7 de outubro, de combatentes do Hamas, que invadiram cidades israelenses, matando 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns.
O escritório de mídia do Hamas informou a morte de pelo menos 16.248 pessoas, incluindo 7.112 crianças e 4.885 mulheres, em Gaza desde então. Esses números não foram imediatamente verificados pelo Ministério da Saúde de Gaza.
As Forças Armadas israelenses lembraram que “grandes esforços” estão sendo feitos para evitar ferir não combatentes. Alegam que o Hamas usa a população civil como escudos humanos e impede que os civis se desloquem para locais seguros.
Fonte: Agência Brasil