Segundo criadores, valor do leite tem caído e prejudica manutenção das operações
A Frente Parlamentar de Apoio ao Produtor de Leite realizou reunião (4) na ALMT, com grande presença de produtores do estado e representantes de organização como Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e Associação dos Produtores de Leite da Região Oeste de Mato Grosso (Aplo-MT). A principal reinvindicação feita é sobre o preço pago aos produtores pelo leite por indústrias.
“Não tem um equilíbrio no preço do leite. Nós tiramos, entregamos e não sabemos quanto vamos receber. Também há falta de chuva, ração cara, mercado caro e o leite voltando para trás. Estamos perdendo um real, um e cinquenta do preço que era. Se continuar assim, nós não conseguimos manter nossa propriedade, nossa família. Não tem diálogo das indústrias com o produtor”, expôs o presidente da Aplo-MT, Luciano Rodrigues.
De acordo com o coordenador da frente parlamentar, deputado estadual Gilberto Cattani (PL), vê a situação com angústia. “Infelizmente chegamos ao fundo do poço na cadeia leiteira. Tem leite importado entrando sem imposto no nosso país e a gente vê o nosso produtor rural sendo desprezado dessa maneira”, avaliou. A solução para ajustar o preço do leite passa por ação do governo federal. Nós podemos criar políticas públicas, fazer projetos de lei para fortalecer o setor, mas não é o suficiente. Isso depende da federação”, afirmou.
Além dessas discussões, realizaram uma apresentação aos produtores sobre os projetos de lei que tramitam na Casa e que visam atender o setor, como os PLs nº 1992/2023 e nº 2097/2023. O último ocorreu em novembro pela frente parlamentar e tem como objetivo retirar incentivos fiscais na comercialização importado. Também são membros da Frente Parlamentar de Apoio ao Produtor de os deputados Carlos Avallone (PSDB), Dr. Eugênio (PSB) e Elizeu Nascimento (PL).