Recursos do Fundo Clima disponíveis somam R$ 10,4 bilhões via BNDES
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o BNDES, assinaram nesta segunda-feira (1º) o contrato para execução de R$ 10,4 bilhões pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima).
Trata-se do maior volume de recursos da história do fundo, criado em 2009. E que desde então, possui uma carteira de contratos em vigor que soma R$ 2,5 bilhões. Nos últimos quatro anos, no entanto, o fundo ficou praticamente parado, segundo o governo.
“Saímos do volume de recursos de R$ 400 milhões [em média, por ano] para R$ 10 bilhões. Esses recursos com certeza farão a diferença no processo de mudança da nossa matriz energética, agricultura resiliente, cidades resilientes, com adaptação e outras agendas”. Assim destacou a ministra Marina Silva, em entrevista a jornalistas após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Ela estava acompanhada do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, que confirmou os valores das taxas de juros dos projetos financiados pelo fundo.
As taxas mais altas para projetos na área de energia solar e eólica, que têm um mercado mais bem estabelecido no Brasil, serão definidas em 8% ao ano.
Enquanto que a taxa para restauro de floresta ficou em apenas 1% ao ano. Todas as demais áreas, como financiamento para compra de ônibus elétricos, obras de resiliência para adaptação climática das cidades, descarbonização da indústria e agricultura. Entre outros, terão taxa de juros de 6,15% ao ano.
Áreas de atuação do Fundo Clima
Viabiliaram a carteira de R$ 10,4 bilhões ainda no ano passado, quando o governo federal realizou uma emissão de títulos públicos sustentáveis no mercado internacional.
O Fundo Clima tem o objetivo de financiar projetos, estudos e empreendimentos voltados à redução de emissões de gases de efeito estufa e à adaptação aos efeitos da mudança do clima. Disponibilizaram recursos nas modalidades reembolsável, administrados pelo BNDES, e não-reembolsável operados pelo MMA.
As áreas de atuação do Fundo serão, desenvolvimento urbano resiliente e sustentável; indústria verde; logística de transporte, transporte coletivo e mobilidade verde. Além da transição energética, florestas nativas e recursos hídricos e serviços e inovação verde.
Fonte: Agência Brasil