Você está visualizando atualmente O Geoparque Chapada dos Guimarães faz parte de documentário
É importante lembrar das oportunidades que o geoparque brasileiro e o próprio documentário criam para o fortalecimento do turismo

O Geoparque Chapada dos Guimarães faz parte de documentário

A TV Cultura irá transmitir documentários sobre Geoparques

A TV Cultura lançará uma série de documentários sobre Projeto, Aspirante e Geoparque Mundial da Unesco no Brasil. Mais precisamente, no Programa Periscópio, nos dias 1, 8, 15 e 22 de junho desse ano, às quintas-feiras, no horário das 20h. O objetivo é popularizar a ciência e fortalecer o turismo regional.

A Federação Brasileira de Geólogos (Febrageo), com o auxílio de parceiros, produziu as histórias dos territórios, bem como, das vivências das pessoas que residem nas regiões dos Projeto Geoparque Corumbataí (SP), do Geoparque Aspirante Chapada dos Guimarães (MT). Incluindo, o Seridó Geoparque Mundial da Unesco (RN).

Dessa maneira, o documentário foi dividido em seis episódios que serão transmitidos pela TV Cultura, no Programa Periscópio.

Conforme a Unesco, os geoparques mundiais são áreas geográficas unificadas. Assim, sítios e paisagens de relevância geológica internacional são administrados com base em um conceito holístico de proteção, educação e desenvolvimento sustentável. Sua abordagem ascendente combina a conservação com desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo, envolve as comunidades locais, está se tornando cada vez mais popular.

As filmagens não trazem apenas a essência dos geoparques. Mas também abordam o impacto que eles causam na ciência, educação, turismo e cultura da sociedade. Principalmente por fazerem parte do dia a dia das comunidades ali residentes. Assim explica Caiubi Kuhn, presidente da Febrageo e coordenador Científico do Geoparque Chapada dos Guimarães.

“Existe a divulgação da história geológica desses locais. Mas também é importante lembrar das oportunidades que os geoparques e o próprio documentário criam para o fortalecimento do turismo e da educação nos territórios abordados. Uma vez que os programas educativos são essenciais para o desenvolvimento sustentável destes territórios”, diz.

A divulgação da ciência pode mudar o futuro das pessoas

Para Fábio Reis, diretor financeiro da Febrageo, “a realização de documentários possibilita a divulgação da Geodiversidade, para um público enorme e para todo o país”. A divulgação de conteúdos sobre a história do planeta contribui para fortalecer a educação. Como também, a ciência, o turismo e a identidade regional de cada localidade.

“Cada episódio apresenta momentos únicos da história geológica de um país geodiverso, como o Brasil. Oportunidade de aproximar a população de um conhecimento sobre a história geológica do planeta. Unir esse conhecimento irá ajudar na promoção de um desenvolvimento territorial sustentável”, diz Marcos Antônio Leite do Nascimento, coordenador científico do Geoparque Seridó.

“São inúmeros ganhos, mas podemos citar como exemplo, a capacitação dos guias de turismo. Pois eles aprendem a interpretar a paisagem, ampliam ainda mais as possibilidades de acesso. O trabalho com os artesãos passam a criar produtos relacionados ao geoparque, atraindo assim, mais a visitantes à região”, diz.

As produções audiovisuais mostram como a divulgação da ciência pode mudar o futuro das pessoas. Flávia Santos, professora doutora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e presidente da AgeoBR comenta que o processo se destaca na comunidade de Jangada do Roncador. “É possível observar crianças e adolescentes que são impactados. Hoje eles já observam o estudo como possibilidade de novos caminhos e oportunidades. Bem como, pensamentos que não são tão comuns quando se está longe dos centros urbanos. Os documentários mostram que existe possibilidade de crescimento por meio da educação”, elucida.

É uma forma de documentar o trabalho que vem sendo feito

Assim, é preciso que exista um trabalho feito em conjunto com a população. E, na visão de Ricardo Giaroli, diretor de audiovisual da Periscópio Film e produtor dos documentários, os materiais cumprem este papel. Sobretudo, por abrangerem vários municípios e trazerem benefícios socioculturais e turísticos. “É importante para popularizar a ciência e para mostrar a história do local onde essas pessoas vivem. Isso gera identificação e orgulho e um sentimento de pertencimento”, comenta.

Os documentários mostram as inúmeras possibilidades de interação que existem entre um geoparque e a população, tendo como base a educação. “Não podemos esquecer da educação, importante ferramenta para proporcionar o entendimento holístico sobre a natureza e seus recursos. Apontando que é necessário conservar o patrimônio e usar o mesmo ainda mais para o fomento da sustentabilidade econômica, social e ambiental de um geoparque”, finaliza Marcos Nascimento.

Serviço

Documentários sobre Geoparques no Brasil
Transmissão: TV Cultura (Programa Periscópio, às 20h dos dias 1, 8; 15 e 22 de junho)
Realização: Periscópio, Equipes dos Geoparques Seridó, Chapada dos Guimarães e Corumbataí