O governo manteve a estimativa de crescimento do PIB em 2,3% para 2025, para o próximo ano a estimativa está indicada em 2,5%
A projeção do PIB divulgada pelo Ministério da Fazenda, traz previsão de inflação também revisada para cima, de 4,8%, para 4,9%, fora do teto da meta. Ou seja, a meta é de 3%, podendo variar até 4,5%.
”Incertezas cresceram no ambiente externo nos últimos meses. Políticas do governo americano relacionadas à imposição de tarifas de importação, cortes de pessoal e restrições à imigração têm gerado tensões comerciais e geopolítica. Dessa maneira intensificou o quadro de incertezas e a volatilidade nos mercados globais”, diz o boletim macrofiscal.
A projeção do PIB foi impulsionada pelo setor agropecuário, que, conforme a Secretaria de Política Econômica (SPE), deve crescer 6%. A indústria e os serviços também devem avançar, com alta de 2,2% e 1,9%, respectivamente. A SPE destaca que a atividade econômica tende a desacelerar ao longo do ano, refletindo um cenário global mais incerto e a política monetária restritiva.
A inflação acumulada em 12 meses até fevereiro foi de 5,1%, impactada principalmente pelo aumento nos preços monitorados. Como energia elétrica e transportes, e pela alta dos bens industriais. Em contrapartida, a inflação de alimentos desacelerou, passando de 8,2%, em dezembro, para 7,1%, em fevereiro, puxada pela queda nos preços de itens como batata, banana e leite.
A equipe econômica também pontuou que as medidas tomadas para conter o avanço nos preços dos alimentos podem contribuir para a melhora do cenário e a manutenção do câmbio em um patamar mais próximo de R$ 5,80.