A paralisação dos atores começou no dia 13 de julho nos Estados Unidos.

Na noite da última quarta-feira (8) o sindicato SAG-AFTRA e os estúdios de Hollywood chegaram a um acordo que colocou fim na histórica greve dos atores. O movimento teve cerca de 118 dias de protestos.

A paralisação começou no dia 13 de julho nos Estados Unidos e se tornou a maior da história da categoria. O movimento ocorreu em paralelo à greve dos roteiristas, que teve 148 dias de duração e já teve um desfecho positivo em setembro.

Nos últimos meses, diversas produções acabaram sendo afetadas por ambas as greves, desde séries de sucesso até longa-metragens. Além de não poderem atuar durante o movimento, os atores também estavam impedidos de participar de eventos de divulgação de produções que estavam sendo lançadas.

Acordo envolvendo streaming e inteligência artificial

Segundo relata o site Variety, o acordo obtido pelos atores cobre os principais pontos de crítica do movimento grevista em relação aos grandes estúdios de Hollywood. O acordo inclui um reajuste salarial de pelo menos 7% nos pagamentos mínimos.

No entanto, o grande destaque da negociação fica para o acordo envolvendo streaming e inteligência artificial. Agora, os atores melhores compensados ao trabalharem em produções para serviços como a Netflix, criticados durante a greve pelos baixos pagamentos residuais.

Além disso, o acordo inclui a primeira cláusula de proteção para os atores contra o uso indevido de inteligência artificial. No começo do movimento de greve, revelaram que os estúdios queriam pesar a mão no uso da tecnologia, ou seja, os atores podendo ser escaneados e “recriados digitalmente” usando a solução.

Com o fim da greve dos atores e roteiristas, a tendência é que os trabalhos em Hollywood se normalizem nas próximas semanas. Dessa forma, filmes e séries que estavam com a produção suspensa devem retornar às atividades.