Estudo recente mostrou avanços promissores na indução da hibernação
Em uma descoberta que poderia revolucionar o campo da medicina e viagens espaciais, pesquisadores conseguiram induzir um estado de hibernação em ratos e camundongos. Espécies que normalmente não possuem essa capacidade.
Imagine ser capaz de ligar e desligar o sono como um interruptor. Isso pode ser útil quando há longas latências ou gargalos, como viagens espaciais ou tratamento médico. Esse cenário está um passo mais próximo da realidade, graças a um estudo publicado recentemente na “Nature Metabolism“.
Resultados promissores
Ao enviar ondas de ultrassom para uma área específica do cérebro chamada hipotálamo, os pesquisadores observaram mudanças profundas nos animais. Quando a temperatura corporal caiu 3°C, os animais pararam de comer açúcar e começaram a queimar apenas gordura para obter energia.
Além disso, a frequência cardíaca diminuiu 47%. Esses efeitos foram observados em camundongos e ratos, e foram desenvolvidos modelos que podem manter a hibernação por até 24 horas.
Rotas usadas para humanos
Não há garantia de que o mesmo acontecerá em humanos, mas essa descoberta oferece esperança. Embora o cérebro humano seja diferente dos cérebros de animais experimentais, a perspectiva de induzir a hibernação em mamíferos não hibernantes é empolgante.
Se essa tecnologia for viável em humanos, ela poderá ser útil em situações de longa latência ou gargalo. Como por exemplo, viagens espaciais interestelares no futuro. Ou ainda mais, doenças que se beneficiam de um metabolismo lento, como doenças cardíacas.
Este estudo demonstra o progresso na indução da hibernação em ratos e camundongos e oferece perspectivas interessantes para o futuro da ciência e da medicina. Embora ainda haja muito a aprender, os resultados apontam caminhos promissores para a aplicação dessa tecnologia em humanos.
A hibernação para humanos pode se tornar uma realidade no futuro, pois conserva recursos, mantém a saúde e pode facilitar viagens espaciais de longo prazo.