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O Indicador Ipea de Inflação por faixa de renda é divulgado mensalmente. O levantamento considera seis categorias de renda domiciliar

Inflação desacelera em novembro em todas as faixas de renda

Alimentos e bebidas pressionam preços nas seis categorias de renda

Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado (14), mostra que a inflação de novembro ficou abaixo da registrada em outubro para todas as faixas de renda. Os dados  mostram que as maiores pressões inflacionárias foram provocadas por três grupos: alimentos e bebidas, transportes e habitação.

O Indicador Ipea de Inflação por faixa de renda tem divulgação mensal. Desse modo, o levantamento considera seis categorias de renda domiciliar. São elas, muito baixa (menor que R$ 1.726,01) e baixa (entre R$ 1.726,01 e R$ 2.589,02). Bem como, média-baixa (entre R$ 2.589,02 e R$ 4.315,04) e média (entre R$ 4.315,04 e R$ 8.630,07). Além disso, a média-alta (entre R$ 8.630,07 e R$ 17.260,14) e alta (maior que R$ 17.260,14).

Em novembro, as menores variações foram registradas para as famílias de renda alta (0,27%) e de renda muito baixa (0,33%). Em outubro, nas mesmas faixas, a inflação havia sido respectivamente de 1,14% e 0,51%.

Já as maiores variações ocorreram nas classes de renda média-alta (0,49%) e de renda média (0,46%). No entanto, mesmo nessas faixas, a inflação foi maior no mês de outubro, registrando respectivamente 0,64% e 0,61%.

No acumulado do ano, a menor variação é de 4,87% para as famílias de renda média-baixa. Já a maior, de 6,27%, foi observada para as famílias de renda alta. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registra uma variação de 5,13% desde o início do ano. O cálculo do mesmo se dá pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado como índice oficial da inflação no país.

Alimentos e bebidas

No mês de novembro, os alimentos e bebidas pressionaram a inflação para todas as seis categorias. Além disso, com o reajuste dos aluguéis e das tarifas de energia elétrica, a habitação teve significativa influência na variação para as famílias de renda muito baixa. Para as quatro faixas de renda intermediárias, houve impacto do custo do transporte, que está associado à alta dos combustíveis. Já as famílias de renda mais alta sofreram pressão com os preços relacionados à saúde. Envolvendo, sobretudo aumentos nas mensalidades dos planos.

Enfim, o levantamento também mostra que, entre os alimentos e bebidas, as altas mais relevantes tiveram registros entre tubérculos (10,1%) e cereais (0,97%). Bem como, nas frutas (2,9%), farináceos (1,1%) e panificados (0,73%). De outro lado, houve queda nos preços dos leites e derivados (-3,3%) e das aves e ovos (-0,51%).