Médico urologista explica a relação entre a doença da depressão e o hormônio da testosterona
Janeiro Branco é o mês de conscientização sobre a saúde mental, portanto, é importante conhecer a relação entre a depressão e o hormônio da testosterona.
Considerando que o quadro não é apenas algo emocional e subjetivo, podendo ser um sinal clínico real, aproveitamos o período para destacar que não apenas as mulheres podem afetadas emocionalmente pelos seus hormônios, mas homens também.
Segundo um estudo publicado na revista Sexual Medicine, da Universidade de Oxford, homens com baixo nível de testosterona são mais suscetíveis à depressão. Ou seja, isso representa que 56% dos 200 homens, de idade entre 20 e 77 anos, com baixo nível do hormônio tinham a doença.
O que é a testosterona?
A testosterona é o hormônio virilizante, que faz os homens terem características masculinas da espécie humana. Desta forma, são responsáveis pelo instinto da reprodução da espécie e promovem o desejo sexual. Sua deficiência está relacionada a diminuição da libido e dificuldade na ereção.
De acordo com o urologista Heleno Diegues Paes, ter taxas baixas de testosterona pode ocasionar mudanças no humor e comportamento, podendo precipitar a depressão em pessoas com propensão a este problema.
“A depressão e suas consequências nos hábitos cotidianos e alimentares podem mudar uma série de hormônios e substâncias no nosso organismo, inclusive a testosterona. Porém, poucos terão uma redução em nível patológico. Um ponto importante é que a depressão não é tratada com testosterona, mas sim com antidepressivos”, explica o especialista.
Outro ponto importante, conforme o médico, que muitos sintomas de depressão parecidos com os da deficiência androgênica, como cansaço, fadiga, perda de libido, ganho de peso e desânimo para atividades habituais. A diferença se encontra em exames clínicos e laboratoriais.
Reposição de testosterona
Nos casos onde a doença mental estiver associada a duas ou mais medições laboratoriais de testosterona abaixo da normalidade, o Dr. Heleno afirma que a saúde mental poderá, sim, ser beneficiada com a terapia de reposição de testosterona.
Portanto, nos homens, os níveis de testosterona vão ao ápice aos 20 anos e começam a diminuir com o passar do tempo. Assim, além de problemas psicológicos, sua diminuição pode causar perda de apetite sexual, disfunção erétil, aumentar o suor do corpo e a irritabilidade.
Manter uma vida sexual ativa também pode ser um forte aliado para manter o bem-estar e ajudar na saúde, seja ela física ou mental. “Para se ter uma boa saúde mental precisa manter o cérebro motivado, com desafios, sentimentos, prazeres e descanso. Neste sentido o sexo pode ajudar”, completa o urologista.