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O Japão abriga vários produtores de equipamentos de fabricação de chips, incluindo a Nikon (Ninoy) e a Tokyo Electron

Japão se junta à “guerra dos chips” entre EUA e China

Retrição de exportações de materiais e peças para a fabricação de chips na China

Japão se une aos Estados Unidos e à Holanda e restringe a venda de equipamentos de fabricação de chips para o exterior. Visando assim, controlar a exportação de tecnologia chave para a China. O país anunciou que vai controlar mais rigorosamente as exportações de 23 tipos de equipamentos avançados de fabricação de semicondutores.

As novas regras entrarão em vigor em julho, de acordo com Yasutoshi Nishimura, ministro da economia, comércio e indústria do Japão. O Ministério afirmou que serão necessários, contudo, procedimentos mais rigorosos para exportar para cerca de 160 destinos.

Todas as exportações para países não formalmente reconhecidos agora precisarão de aprovação do Ministério do Comércio do Japão. Em coletiva de imprensa, portanto, Nishimura disse que as novas medidas visam impedir que os equipamentos sejam desviados para uso militar.

“Vamos cumprir assim, nossas responsabilidades na comunidade internacional como um país proprietário de tecnologia. E contribuir, entretanto, para a manutenção da paz e segurança internacionais”, disse ele aos repórteres. O ministério do comércio afirmou que as restrições não visam a um país específico. Mas seguem uma série de limitações promovidas nos últimos meses para reprimir as vendas de equipamentos de fabricação de chips para a China. Sobretudo, como parte de um esforço internacional coordenado liderado por Washington.

O que é a “guerra dos chips” entre os EUA e a China?

Em outubro, os Estados Unidos proibiram empresas chinesas de comprar chips avançados e equipamentos de fabricação de chips sem licença. Eles também restringiram a capacidade dos cidadãos americanos de fornecer suporte para o desenvolvimento ou produção de chips em certas instalações na China. No início deste mês, a Holanda também anunciou novas restrições às vendas no exterior de tecnologia de semicondutores, citando a necessidade de proteger a segurança nacional.

A China criticou fortemente as restrições às exportações de tecnologia, afirmando no início deste mês que “se opõe firmemente” a tais medidas. Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, também criticou a mais recente medida do Japão. “Armar questões econômicas, comerciais e tecnológicas para desestabilizar deliberadamente a cadeia industrial global só prejudicará a si próprio e aos outros”, disse ele em uma coletiva de imprensa na sexta-feira (31).

O Japão abriga vários produtores de equipamentos de fabricação de chips, incluindo a Nikon (Ninoy) e a Tokyo Electron. As ações das empresas em Tóquio tiveram pouca mudança na sexta-feira. A Nikon e a Tokyo Electron se recusaram a comentar. Em relatórios recentes para clientes, analistas da Jefferies avaliaram as possíveis consequências do controle de exportações do Japão para a China, observando que a Nikon “não antecipa um grande impacto”.

Para a Tokyo Electron, com o endurecimento das restrições, também é “improvável que exista um impacto adicional significativo, desde que não ultrapassem as sanções dos Estados Unidos”, acrescentaram os analistas.