A estatal elegeu, por meio de seu conselho, José Mauro Ferreira Coelho como novo presidente
O conselho de administração da Petrobras elegeu, nesta quinta-feira (14), José Mauro Ferreira Coelho para a presidência da estatal em mandato de um ano. Na quarta-feira, a assembleia geral de acionistas tinha aprovado o nome de Coelho para o Conselho da Administração da estatal.
Ferreira Coelho foi presidente do conselho de administração da Pré-Sal Petróleo (PPSA) e ocupou o cargo de secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia até outubro do ano passado. Antes, trabalhou por 12 anos na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal do governo responsável pelo planejamento do setor elétrico.
O executivo é graduado em química industrial, com mestrado em engenharia dos materiais pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e doutorado em planejamento energético pelo Programa de Planejamento Energético (PPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Na terça-feira (12), o Comitê de Pessoas da Petrobras recomendou a aprovação do nome de José Mauro Ferreira Coelho para o conselho, um aval para que ele seja eleito o novo presidente da empresa. O estatuto da empresa prevê que o presidente precisa, primeiro, ser membro do Conselho de Administração.
Uma vez no conselho, ele então pode ser eleito para o comando da empresa; ou seja, o lugar do general Joaquim Silva e Luna, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro em março.
A assembleia ao mesmo tempo aprovou Márcio Andrade Weber como presidente do novo Conselho. Weber é engenheiro civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com especialização em engenharia de petróleo.
Mudança na Petrobrás
O governo anunciou no fim de março que substituiria o general da reserva Joaquim Silva e Luna em meio às insatisfações do presidente Jair Bolsonaro com a política de preços da Petrobras. Inicialmente, o governo tinha indicado o economista Adriano Pires para a presidência da Petrobras e o empresário Rodolfo Landim para o comando do conselho.
No entanto, ambos desistiram do convite após vir à tona que seus nomes poderiam ser reprovados pelo comitê de pessoas; pois eles possuem ligação com empresas que se relacionam diretamente com a Petrobras, o que poderia configurar eventual conflito de interesses.